Gastos com homeopatia nos serviços públicos de saúde são irrisórios, quando comparados às demais especialidades médicas

Prezados Homeopatas e Amigos,

Nos últimos tempos, diversas matérias divulgadas na grande mídia e redes sociais criticam os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com Práticas Integrativas em Saúde (PICs), afirmando, de forma inverídica, que “bilhões de reais são gastos com práticas que não apresentam comprovação científica”, utilizando essa justificativa para propor a exclusão das mesmas do SUS.

No tocante à “comprovação científica da homeopatia”, vale ressaltar que centenas de evidências científicas fundamentam os pressupostos e a eficácia dessa especialidade médica e método de tratamento bissecular (minuciosamente detalhadas no Dossiê Especial “Evidências Científicas em Homeopatia”), as quais justificam a sua inclusão no SUS como terapêutica complementar para diversas classes de enfermidades.

No entanto, muitas dessas fake news são direcionadas à homeopatia por ignorância ou negação preconceituosa de seus fundamentos e as evidências científicas que os suportam, com o intuito explícito de denegrir uma especialidade médica reconhecida há décadas pelas entidades de classe brasileiras (CFM e AMB) e pela população, de baixo custo, isenta de eventos adversos graves, que contribui à resolutividade clínica de muitas doenças crônicas, conquistando seu lugar de direito na saúde pública e na educação médica mundiais.

Assim como o referido dossiê cumpre o papel de desmistificar a falácia de que “não existem evidências científicas em homeopatia”, estudo da pesquisadora Islândia Maria Carvalho de Souza, especialista em gestão de sistemas de saúde, com mestrado e doutorado pela Escola Nacional de Saúde Pública Fiocruz, demonstrou que os gastos com todas as PICs no SUS, relacionados às despesas ambulatoriais e hospitalares, correspondem a 0,008% do total dessas despesas (ou seja, apenas R$ 2,6 milhões de um montante de R$ 33 bilhões), desmistificando a falácia de que “bilhões de reais são gastos com a homeopatia no SUS”, justificativa defendida por esses céticos para que essa especialidade médica seja retirada do SUS, privando milhares de pacientes de receberem alívio para seus pesares físicos e mentais:

Gastos com práticas integrativas no SUS correspondem a 0,008% das despesas ambulatoriais e hospitalares

De forma análoga, contrariando um movimento semelhante na Alemanha, que solicitava o fim do reembolso para os medicamentos homeopáticos com a alegação de que eram gastas quantias vultuosas do dinheiro dos contribuintes com esse benefício, o Ministro da Saúde, Jens Spahn, afirmou em 17/09/19 que “sua pasta não pretende obrigar as seguradoras de saúde do país a parar com o subsídio de serviços homeopáticos”. Sem entrar no mérito da comprovação científica, justificou sua posição nos gastos irrisórios desse tipo de tratamento: “enquanto as operadoras de planos de saúde do país subsidiam por ano a compra de 40 bilhões de euros em medicações convencionais, o reembolso de tratamentos homeopáticos mal alcança 20 milhões de euros”, ou seja, apenas 0,0005% dos gastos com medicamentos convencionais:

Ministro alemão se opõe ao fim de subsídios à homeopatia

Com essas evidências, perdem validade as premissas preconceituosas, dogmáticas e falaciosas contra a manutenção e ampliação do oferecimento da homeopatia no SUS.

Nós agradecemos a divulgação.

Abraços,

Marcus Zulian Teixeira
www.homeozulian.med.br