O uso da homeopatia em animais de estimação

04/02/2013

O uso da homeopatia em animais de estimação

Por Elisandra Pezzetta*

Enquete

Na última enquete do site, as respostas à pergunta: “Se você tem um animal de estimação e já o tratou com homeopatia, qual a sua opinião sobre o resultado da terapia?” foram as seguintes:
– Sim, já mediquei e a resposta foi rápida: 41
– Não, nunca mediquei meu animal com homeopatia: 32
– Sim, já foi medicado e a melhora foi a longo prazo: 13
– Sim, foi medicado e não obteve o resultado desejado:10
– Sim, já foi medicado com homeopatia, com associação de outra terapia (alopatia, fitoterapia, acupuntura etc.: 10

Notadamente, quase 40% dos internautas informaram ter medicado seus animais com homeopatia e obtido uma “resposta rápida” ao tratamento. No entanto, mais de 30%, nunca trataram seus pets com homeopatia. Sendo que menos de 10% não obtiveram o resultado desejado e o mesmo número fez uso da homeopatia em associação com outras terapias.

Desconhecimento?

Ainda encontramos pessoas que desconhecem o uso desta terapia para os animais. Inclusive ficam curiosas e surpresas ao relatarmos o uso de vermífugo homeopático para gatos ferais ou mesmo domesticados que não permitem serem medicados, por exemplo.

Realmente, muitas vezes é uma “luta” para conseguirmos medicar nossos amados animais de estimação, pois alguns são muito bravos e nos mordem ou arranham. Outros animais já têm uma sensibilidade aos fármacos e apresentam náusea, vômito ou diarréia ao receberem algum medicamento.

A homeopatia pode ser administrada na água ou diretamente na boca através de um spray, conta-gotas ou seringa. Como a medicação homeopática tem absorção na mucosa bucal não se faz necessário deglutir uma quantidade volumosa de medicamento. Bastam algumas gotas ou glóbulos e pronto! O animal está medicado. No caso específico de vermes, se houver alguma dúvida podemos fazer exames coprológicos. Sendo o resultado negativo, sabemos que nosso pet está realmente desverminado. Simples, sem trauma e eficaz!

Qualidade de vida em casos incuráveis

Para aqueles que relatam que a homeopatia não foi eficaz no tratamento de alguma doença é importante lembrar alguns detalhes que fazem muita diferença. A homeopatia não cura doenças incuráveis como a atopia, por exemplo.

Muito frequentemente recebemos em nosso consultório proprietários frustrados, pois seus cães estão recebendo corticóide, antibiótico etc., não melhoram e continuam coçando. E realmente é uma coceira insuportável. Muitos não dormem à noite de tanto se coçarem e fazem lesões graves que sangram.

A homeopatia beneficia este paciente com a redução da coceira, retornam os pelos que haviam caído, os animais voltam a dormir à noite, melhorando o apetite e a qualidade de vida. Mas apesar da melhora, este cão continua portador da atopia. Nunca será curado, pois é uma doença genética.

Não adianta abandonar o tratamento porque não obteve a cura. Antes pense a respeito de qual terapia ofereceu qualidade de vida e melhora geral dos sintomas.

Esta é a melhor vantagem da homeopatia: não tem efeitos colaterais. Já o uso indiscriminado de corticódes (para aliviar o prurido) irá causar doenças endócrinas graves – que também são incuráveis. E mesmo este medicamento não cura, apenas alivia o prurido.

Associação de terapias e tempo de tratamento

E quanto ao uso da homeopatia em associação com outros medicamentos, sejam alopáticos, fitoterápicos ou acupuntura etc.? Nada de radicalismos. Se for em benefício do paciente, deve-se sim usar terapias complementares.

Outra questão é o tempo. Melhora rápida ou lenta dos sintomas. A homeopatia tem ação lenta. Quantas vezes não ouvimos isto? Se tratamos uma febre com antipirético, como – por exemplo, o paracetamol, a melhora é rápida, cerca de 20 minutos. Se medicarmos este paciente com homeopatia, o tempo de melhora é o mesmo!

Por outro lado, se tratamos uma pneumonia com antibiótico, a recomendação é de 20 dias ou mais. A homeopatia precisa dos mesmos 20 dias para a cura.

Outro exemplo é o tratamento da epilepsia – doença que precisa ser tratada com fenobarbital (o conhecido Gardenal) em doses diárias para toda a vida do paciente. O paciente sofre aumento na dose a cada período e tem efeitos colaterais, como sonolência e, principalmente, distúrbios hepáticos severos. Se formos tratar este mesmo animal epiléptico com a homeopatia, iremos medicá-lo também por toda a vida, porém, sem os efeitos colaterais.

Por que julgamos demorada a homeopatia se a alopatia também precisa de um tempo para restabelecer o paciente? Por que a exigência de que a homeopatia seja milagrosa? Se bem que muitas vezes observamos milagres mesmo!

A homeopatia é uma terapêutica que trata o indivíduo de forma diferente. Segue leis que respeitam a harmonia do organismo, a fisiologia e busca a cura duradoura e prolongada.

Este é o motivo do bem estar, pois a melhora também ocorre em nível emocional e promove aumento da imunidade, por atuar no reequilíbrio da energia vital.

* Elisandra Pezzetta, médica veterinária (UFPEL, RS,1997), pós-graduação em Homeopatia (FACIS, SP, 2003), pós-graduação em Docência do Ensino Superior (FACIS, SP, 2008), presidente da LHRS (2011-2012 e 2013-2014). Atua em Clínica Médica e Cirúrgica de cães e gatos.

 

Fonte: http://www.ligahomeopaticars.com.br/noticias/index.php?id=134&tipo=2057

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