Em vista da homeopatia estar fundamentada em pressupostos científicos distintos dos empregados pela prática médica convencional, frequentemente, é alvo de críticas infundadas disseminadas por indivíduos que, de forma sistemática, negam os princípios homeopáticos e qualquer evidência científica que os comprovem, por estarem envoltos em um negacionismo dogmático que impede uma análise correta e isenta de preconceitos. São ‘pseudocéticos’ disfarçados em ‘pseudocientistas’.
Para esclarecer médicos, pesquisadores, profissionais de saúde e a população em geral, desmistificando posturas dogmáticas culturalmente arraigadas e a falácia pseudocética de que “não existem evidências científicas para homeopatia”, em 2017, a Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CT-Homeopatia, Cremesp) elaborou e publicou o “Dossiê Especial: Evidências Científicas em Homeopatia“, disponibilizado livremente na Revista de Homeopatia (São Paulo), periódico científico da Associação Paulista de Homeopatia (APH).
Englobando nove revisões narrativas em diversas linhas de pesquisa homeopática (histórico-social, educação médica, farmacológica, básicas, clínica, segurança do paciente e patogenética) e dois ensaios clínicos randomizados e placebos-controlados desenvolvidos por membros da CT-Homeopatia, contendo centenas de artigos científicos publicados em inúmeras revistas científicas indexadas e revisadas por pares, este dossiê destaca para a classe médica e científica, bem como para o público em geral, o estado da arte da pesquisa em homeopatia.
Incomodados com a excelência desse vasto corpo de evidências, em novembro de 2020, um grupo de pseudocéticos que compõe o Instituto Questão de Ciência (IQC) publicou um manuscrito irrisório e falacioso intitulado “Contradossiê das Evidências sobre a Homeopatia“, com o intuito de avaliar os artigos publicados no “Dossiê Especial: Evidências Científicas em Homeopatia” segundo “o melhor rigor científico” e “informar a população sobre o que a ciência diz a respeito da suposta eficácia da homeopatia”.
Infelizmente, nada disso ocorreu no citado manuscrito. Ao contrário do anunciado “melhor rigor científico” na análise dos artigos, o que se observa ao longo de todo o texto é um conjunto de críticas fundamentadas em conhecidas “estratégias pseudocéticas” para desmerecer e desqualificar determinado trabalho científico: tendência de negar, ao invés de duvidar; uso de ataques pessoais; tentativa de desqualificar proponentes de novas ideias taxando-os, pejorativamente, de pseudocientistas, promotores ou praticantes de ciência patológica; realização de julgamentos sem uma investigação completa e conclusiva; apresentação de evidências insuficientes ou não convincentes (ausência de provas); apresentação de contraprovas não fundamentadas ou baseadas apenas em plausibilidade, ao invés de se basearem em evidências; tendência de desqualificar toda e qualquer evidência; sugestão de que evidências não convincentes são suficientes para se assumir que uma teoria é falsa; tom vitriólico, calunioso ou depreciativo nos comentários; comentários não específicos e superficiais; divulgação na mídia de massa (não científica); dentre outras.
No atual livro digital em anexo (Falácias pseudocéticas e pseudocientíficas do “Contradossiê das Evidências sobre a Homeopatia”), também indexado no Portal Regional da BVS e nas bases HomeoIndex e LILACS, evidenciamos essas estratégias pseudocéticas nos capítulos gerais do referido manuscrito e nas críticas desses “pesquisadores experientes e renomados em suas áreas de concentração” aos artigos de nossa autoria, despindo-os da falsa e hipócrita imagem de serem os “defensores da ciência”, como se autointitulam no referido contradossiê.
Em vista de que esses indicativos do pseudoceticismo contaminam todo o manuscrito, denotando a desprezível qualidade científica do mesmo, deixamos ao critério de cada autor do dossiê, citado ou não no contradossiê, a iniciativa de responder ou não às críticas dos autores.
Agradecemos a divulgação.