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Há alguns anos publiquei um artigo no Jornal do Brasil inspirado numa instalação que presenciei em uma feira de arte internacional que se realizou em São Paulo. O artigo transformou-se em uma questão de vestibular na área de conhecimentos gerais e língua portuguesa. Trago parte dele como o Editorial deste número 85 Volume 2 da Revista de Homeopatia porque redescubro que precisamos voltar a discutir não apenas o Estado da Arte, mas revalorizar um dos fundamentos da nossa abordagem em saúde.
O desenvolvimento tecno-científico, aplicado às ciências da saúde, conseguiu notável eficácia e controle sobre uma quantidade apreciável de doenças. Mas este mesmo controle, infelizmente, não se estendeu a uma concepção de saúde mais sutil. O máximo que se fez foi contemporizar colocando a palavra “humanismo” na frente dos postos de saúde, clínicas e hospitais. O cuidado, a apreciação subjetiva dos sintomas, a rede de apoio e solidariedade para quem está perdendo a saúde e até a cumplicidade frente ao desespero de quem enfrenta sofrimento muitas vezes não realmente estão dentro do mainframe dos critérios que norteiam a prática científica, que geralmente prioriza outros aspectos como categorias de sucesso. Trata-se de um grande equívoco.
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