Importante: publicado originalmente como: Teixeira MZ. Tratamento homeopático e prevenção da COVID-19: protocolo de pesquisa clínica para avaliar a eficácia e a segurança do medicamento do gênio epidêmico. Revista de Homeopatia. Dic 2022; 84(3-4): 79-107. Traducción: Juan Fernando González G.
Além de sua reconhecida aplicação em doenças crônicas, a Homeopatia individualizada também pode atuar de forma resolutiva ou complementar em casos agudos, inclusive doenças epidêmicas. Porém, para atingir esse objetivo apresenta uma metodologia semiológica e terapêutica específica que deve ser seguida e respeitada, correndo o risco de não proporcionar a eficácia e segurança desejadas.
No caso de doenças epidêmicas, que pela virulência de seus agentes provocam um quadro sintomatológico comum na maioria dos indivíduos suscetíveis, o medicamento homeopático individualizado (medicamento homeopático do gênio epidêmico) deve apresentar semelhança com o conjunto de sinais e sintomas característicos do pacientes afetados em diferentes estágios de cada surto epidêmico.
Estudos demonstram a eficácia e segurança desta prática terapêutica e/ou profilática em diversas epidemias passadas. Portanto, após estudar possíveis medicamentos homeopáticos individualizados com base na genialidade epidêmica de cada epidemia, sua aplicação terapêutica e/ou profilática em larga escala deve ser apoiada por ensaios clínicos prévios que demonstrem sua eficácia e segurança, em consonância com a ética e a bioética da pesquisa com seres humanos.
Cumprindo essas premissas de boas práticas clínicas, desenvolvemos em março de 2020 este protocolo de pesquisa para verificar, em ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, a eficácia e segurança de possíveis medicamentos homeopáticos individualizados para a epidemia de Covid-19. Se a eficácia e a segurança forem confirmadas, e somente sob esta condição, o medicamento poderá ser utilizado ampla e coletivamente no tratamento e prevenção da atual epidemia.
Com esse objetivo, encaminhamos este projeto a médicos, investigadores e gestores de diversos hospitais públicos e privados, solicitando a oportunidade de aplicação desta proposta a pacientes internados em enfermarias e/ou centros de cuidados intensivos destinados ao tratamento da covid-19.
Assista aos vídeos do evento que comemorou os 10 anos de chancela científica da Associação Paulista de Homeopatia!
Foi com orgulho e grande alegria que o Centro Alpha de Ensino (Alpha Educacional) realizou o II Encontro de Terapêutica Homeopática. Desde o primeiro evento, nosso principal objetivo sempre foi divulgar a Terapêutica Homeopática, tão consagrada entre seus usuários, mas ainda desconhecida por muitos profissionais da saúde com poder de prescrição. É incrível pensar em quantos profissionais poderiam estar levando aos seus pacientes esses cuidados de resultados tão admiráveis. Esta edição foi ainda mais importante e animadora pela presença de muitos acadêmicos de medicina e odontologia, professores e coordenadores de cursos de graduação. Esperamos que todos tenham aproveitado e que continuem conosco disseminando a nossa Homeopatia!
Não perca a oportunidade de assistir aos vídeos e se aprofundar nesse conhecimento tão valioso.
PLAYLISTA COMPLETA
Agradecimentos:
Gostaríamos de expressar nosso enorme agradecimento aos principais atores deste dia glorioso: os palestrantes, que, por serem tão apaixonados quanto nós por esta terapêutica, não medem esforços para compartilhar seus conhecimentos, sempre abrilhantando o nosso evento. Recebam nosso abraço cheio de carinho e gratidão.
Também agradecemos pelo apoio do CFM, CFO, CREMSP, CROSP e das AMHB, ABCD, ABCDH, APH e APCD. Não podemos deixar de agradecer à FACOP, à Farmácia Néctar e à Curaprox, que permitiram que o evento acontecesse!
O Evento:
Foram uma noite e um dia inteiros repletos de conhecimento e altruísmo, permitindo que uma pequena ajuda chegasse à Liga Homeopática RS, que bravamente supera os problemas ocasionados pelas inundações passadas. Estamos em festa e agradecemos muito aos 237 inscritos que deram vida e brilho ao evento.
Sonhando com o 3º Encontro:
Já começamos a sonhar com o 3º Encontro. Venham todos conosco – participantes, palestrantes, apoiadores e patrocinadores – vocês foram e sempre serão a alma deste evento.
É com grande entusiasmo que convidamos você a participar do VIII Congresso da Associação Paulista de Homeopatia, que será realizado nos dias 15 e 16 de novembro de 2024. Este ano, nosso tema central é “Homeopatia nos tempos modernos”, com um enfoque especial na semiologia em seus diversos aspectos.
A semiologia, a ciência dos signos, abrange todos os sistemas de sinais, indo além da linguística, que se restringe ao estudo da linguagem. No contexto médico, a anamnese é um passo fundamental para o diagnóstico, e na homeopatia, uma anamnese bem realizada é essencial para a busca do medicamento curativo. Durante o congresso, exploraremos como interpretar a linguagem dos sintomas, que evoluiu ao longo dos séculos, e como distinguir a essência do paciente dos condicionamentos sociais e tecnológicos contemporâneos.
Nosso evento contará com renomados professores que compartilharão suas vastas experiências na observação do doente e na valorização de sintomas e sinais individualizantes. Discutiremos os distúrbios mais comuns que surgem como reflexos da nossa sociedade tecnológica, ao mesmo tempo em que exploramos como utilizar a tecnologia para facilitar o encontro do medicamento similimum.
O congresso será uma oportunidade única para aprofundar seus conhecimentos, trocar experiências e confraternizar com colegas de profissão. Venha participar deste encontro enriquecedor na sede da Associação Paulista de Homeopatia, onde juntos formaremos um campo homeopático fortalecido pela sua presença.
Esperamos por você nos dias 15 e 16 de novembro de 2024. Sua presença será um valioso acréscimo ao nosso evento.
Apresentações de casos clínicos e outras atividades. Não perca a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento de uma comunidade mais informada, empática e inclusiva.
Esperamos sua presença no Congresso APH deste ano para compartilhar conhecimentos e experiências. Venha fazer parte desta iniciativa significativa.
LOCAL
Rua Dr. Diogo de Faria, 839. – Vila Clementino – São Paulo – SP
Semiologia em Pediatria: como fazer uma boa abordagem homeopática na criança sobre os diferentes aspectos físicos, emocionais, sociais e psicossociais
10:00 – 10:30
Coffee
10:30 – 12:00
Dra. Maria Filomena Leme de Resende
Homeopatia na Hebiatria: abordagem homeopática na saúde integral do adolescente
12:00 – 14:00
Almoço
14:00 – 15:00
Dr. Rubens Dolce Filho
O que o clínico homeopata deve entender no tratamento de pacientes com distúrbios psiquiátricos?
15:00 – 16:00
Dr. Antonio Carlos Rezende
Semiologia nas doenças agudas – Doenças agudas na criança
16:00 – 16:30
Coffee
16:30 – 18:00
Dra. Laila Aparecida de Souza Nunes
Homeopatia nas epidemias: Homeopatia e dengue – Experiência em Macaé
16/11/2024
8:00 – 8:30
Credenciamento
8:30 – 10:00
Dr. Avtar Mavi
A linguagem silenciosa do corpo
10:00 – 10:30
Coffee
10:30 – 12:00
Dr. Manroop Singh Mavi
Abordagem homeopático no autismo
12:00 – 14:00
Almoço
14:00 – 16:00
Dra. Rosana Mara Ceribelli Nechar
Mesa Redonda Interativa: discussão de casos clínicos pelo método TBL. Participação: Dr. Ariovaldo Ribeiro Filho, Dr. Hamilton Camargo Rodrigues e Dr. Rubens Dolce Filho
16:00 – 16:30
Coffee
16:30 – 18:00
Dr. Ariovaldo Ribeiro Filho
Inteligência Artificial na Homeopatia: Inovação e Prática Clínica
TABELA DE PREÇOS
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*Médico homeopata, doutor em ciências médicas e pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) / https://orcid.org/0000-0002-3338-8588
Reiterando sua postura editorial preconceituosa contra a Homeopatia, a “Folha de São Paulo” publicou Editorial falacioso criticando a especialidade médica (“Gasto nada homeopático”, 03/07/24), como o faz, de tempos em tempos, em diversas matérias sensacionalistas. Prova desse viés anti- homeopatia do jornal é que ele só publica artigos contrários à especialidade (estratégia pseudocética e pseudocientífica), embora receba, constantemente, diversos releases de estudos que “comprovam as evidências científicas da homeopatia” e que demonstram que “homeopatia não é efeito placebo”.
Em vista de sua magnitude e importância na discussão e comprovação da racionalidade científica do modelo homeopático, em 2024, o livro foi traduzido para os idiomas inglês e espanhol, estando disponibilizado em edições trilíngues em diversas plataformas e formatos [Biblioteca Virtual em Saúde (PDF), Amazon-Kindle e Portal de Livros Abertos da USP (PDF)], embora tenha sido desprezado pelo corpo editorial da “Folha de São Paulo”.
Para esclarecer a classe médica e científica, em sua maioria, desconhecedora da realidade da pesquisa científica em homeopatia, em 2024, a obra também foi divulgada na Revista da Associação Médica Brasileira (RAMB) (“Homeopathy is not placebo effect”: proof of the scientific evidence for homeopathy), embora tenha sido desprezado pelo corpo editorial da “Folha de São Paulo”.
Evidenciando a importância da divulgação científica de forma verdadeira e ética, iremos descrever abaixo a tradução do corpo desse artigo científico publicado na Revista da Associação Médica Brasileira (RAMB) (sem as referências que poderão ser acessadas no texto original), a fim de que os leitores tenham conhecimento da realidade sobre as evidências científicas em homeopatia, desprezada por veículos de massa pseudocéticos e pseudocientíficos, sensacionalistas e com explícito viés anti- homeopatia como a “Folha de São Paulo”.
“Homeopathy is not placebo effect”: proof of the scientific evidence for homeopathy
Teixeira MZ. “Homeopathy is not placebo effect”: proof of the scientific evidence for homeopathy. Rev Assoc Med Bras. 2024;70(4):e20231438
A homeopatia é uma prática médica reconhecida mundialmente há mais de dois séculos, desenvolvendo atividades de assistência, ensino e pesquisa em diversas instituições de saúde e faculdades de medicina. Emprega uma abordagem clínica baseada em princípios científicos heterodoxos e complementares (princípio da similitude terapêutica, experimentação patogenética homeopática, uso de doses dinamizadas e medicamentos individualizados), com o objetivo de despertar uma resposta curativa do organismo contra seus próprios distúrbios ou doenças1.
Propondo-se a compreender e tratar o binômio doente-doença segundo uma abordagem antropológica vitalista, globalizante e humanista, valorizando os diversos aspectos da individualidade enferma (mentais, gerais e físicos), a homeopatia contribui à manutenção da saúde e da homeostase orgânica, atuando como alternativa terapêutica aos diversos transtornos da saúde2,3.
No entanto, para que possa atingir esse objetivo, a terapêutica homeopática deve ser bem conduzida e seguir as premissas epistemológicas do modelo homeopático1, dentre as quais, a aplicação da similitude terapêutica entre o conjunto de sinais e sintomas da individualidade enferma (totalidade sintomática característica do binômio doente-doença) e o conjunto de sinais e sintomas patogenéticos despertados pelo medicamento na individualidade sadia (experimentação patogenética homeopática), ou seja, a individualização do tratamento homeopático.
Diversos ensaios clínicos duplo-cegos e placebos-controlados (RCTs) e suas revisões sistemáticas com metanálises que desrespeitaram esta individualização terapêutica, administrando o mesmo medicamento para diversos indivíduos portadores de uma mesma doença, não mostraram resultados significativos perante o placebo, por ferirem a racionalidade científica do modelo homeopático1,4,5.
Por outro lado, por estar baseada em premissas distintas das empregadas pela prática médica convencional, a homeopatia, frequentemente, é alvo de críticas e ataques por parte de indivíduos que, sistematicamente, desprezam os pressupostos homeopáticos e quaisquer evidências científicas que os comprovem, por possuírem uma postura negacionista e tendenciosa que impede uma análise correta e isenta de preconceitos. Na realidade, são pseudocéticos disfarçados de pseudocientistas6,7.
Para elucidar médicos, pesquisadores, profissionais de saúde e o público em geral, desmistificando posturas dogmáticas culturalmente arraigadas e as falácias pseudocéticas de que “não existem evidências científicas em homeopatia” e que “homeopatia é efeito placebo”, em 2017, a Câmara Técnica de Homeopatia (CT-Homeopathy) do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) elaborou o Dossiê Especial “Evidências Científicas em Homeopatia”, disponibilizado em três edições independentes (online em português e inglês; impressa em português) na Revista de Homeopatia (São Paulo). Em 2023, o dossiê foi publicado em espanhol na revista La Homeopatía de México, em edição comemorativa do 90° aniversário do periódico8-10.
Composto por nove revisões narrativas de pesquisas em diversos campos da ciência médica (histórica, social, educação médica, farmacológica, básica, clínica, segurança do paciente e experimentação patogênica) e dois ensaios clínicos randomizados desenvolvidos por membros do CT-Homeopatia, englobando centenas de artigos científicos descrevendo estudos experimentais e clínicos, o dossiê busca destacar o estado da arte da pesquisa homeopática8-10.
Para comprovar e ampliar essas evidências científicas da homeopatia, em 25/09/202311, publicamos o livro eletrônico em português “Homeopatia não é efeito placebo”: comprovação das evidências científicas da homeopatia [“Homeopathy is not placebo effect”: proof of the scientific evidence for homeopathy], indexado e disponibilizado na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS-LILACS-BIREME)12,13, atualizando o conhecimento na área em treze capítulos interativos. Além de elucidar, em detalhes, as premissas epistemológicas do modelo homeopático, a obra descreve, num continuum de informações, dados e referências bibliográficas, as diversas áreas das pesquisas básicas e clínicas em homeopatia, os quais endossam a prática e o tratamento homeopático.
Discorrendo sobre diversos temas relacionados à pesquisa em homeopatia, a obra aborda desde a epidemiologia clínica homeopática até as estratégias pseudocéticas e pseudocientíficas usadas em ataques à homeopatia, passando pelo panorama da pesquisa em homeopatia (bancos de dados), fundamentação farmacológica do princípio da similitude, estudos experimentais em modelos biológicos, ensaios clínicos controlados randomizados, revisões sistemáticas e metanálises, e estudos observacionais, dentre outros12,13.
No capítulo “Homeopatia” [“Homeopathy”], estão descritas as evidências científicas dos pressupostos homeopáticos nos bancos de dados gerais, discorrendo, em detalhes, sobre as premissas epistemológicas do modelo homeopático (princípio da similitude terapêutica, experimentação patogenética homeopática, uso de doses dinamizadas e medicamentos individualizados)1, trazendo ao leitor uma visão geral de como se processa o tratamento e a prática clínica em homeopatia.
Em “Epidemiologia clínica em homeopatia” [“Clinical epidemiology in homeopathy”], após uma revisão geral dos princípios da epidemiologia clínica e dos tipos de estudos epidemiológicos empregados para avaliar a eficácia e a efetividade clínica dos tratamentos convencionais, estão descritas as premissas e princípios da epidemiologia clínica homeopática, assim como os tipos de estudos epidemiológicos em homeopatia14. Como enfatizamos inicialmente, a premissa epistemológica da individualização do tratamento homeopático perante a totalidade sintomática característica do binômio doente-doença é uma condição sine qua non para que o medicamento homeopático ultradiluído consiga despertar uma resposta curativa significativa contra os seus próprios distúrbios1,4,5. Sua não observância é uma falha grave no desenho de ensaios clínicos homeopáticos de alta qualidade metodológica14.
No capítulo “Panorama da pesquisa em homeopatia – Bancos de dados” [“Overview of homeopathy research – Databases”] além dos bancos de dados gerais, estão descritas as diversas bases de dados que agrupam os estudos experimentais em modelos biológicos e físico-químicos (‘Homeopathy Basic Research Experiments database’, ‘HomVetCR database’ and ‘PROVINGS.INFO database’), assim como os estudos clínicos epidemiológicos de todos os tipos (‘Clinical Outcome Research in Homeopathy’, ‘Homeopathic Intervention Studies’ and ‘CAM-QUEST databases’). Nesses bancos de dados, o leitor poderá constatar a ampla gama de estudos indexados nas áreas das pesquisas básicas e clínicas em homeopatia, com propostas de levantamentos bibliográficos exemplificados em cada capítulo da obra.
No capítulo “Fundamentação farmacológica do princípio da similitude” [“Pharmacological basis of the principle of similitude”], o princípio da similitude terapêutica é abordado segundo o modelo homeopático e a farmacologia moderna, descrevendo centenas de estudos experimentais e clínicos que fundamentam a resposta curativa (reação vital) do tratamento homeopático em conformidade com o efeito rebote dos fármacos modernos (reação paradoxal do organismo). Além disso, descreve a proposta de empregar os fármacos modernos segundo a similitude terapêutica, empregando o efeito rebote das drogas de forma terapêutica15-17.
No campo da pesquisa básica em homeopatia, o capítulo “Estudos experimentais em modelos biológicos (in vitro, em vegetais e em animais)” [“Experimental studies in biological models (in vitro, in plants and animals)”] descreve centenas de estudos experimentais controlados em células, em plantas e em animais, demonstrando a superioridade do efeito do medicamento homeopático perante os grupos-controles e evidenciando, em revisões sistemáticas e metanálises, que “homeopatia não é efeito placebo”18-20.
No campo da pesquisa clínica em homeopatia, o capítulo “Ensaios clínicos controlados randomizados (RCTs)” [“Randomized controlled clinical trials (RCTs)”] descreve dezenas de ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos e placebos-controlados (nível de evidência 1B) de boa qualidade metodológica, os quais demonstram a eficácia do tratamento homeopático perante o placebo. Aumentando o nível de evidência (1A) da eficácia clínica da homeopatia, quatro capítulos abordam as revisões sistemáticas de RCTs, globais (qualquer indicação clínica) e específicas (indicações clínicas específicas), com e sem metanálises.
No capítulo “Revisões sistemáticas e relatórios globais com resultados positivos da homeopatia perante placebo” [“Systematic reviews and global reports with positive results of homeopathy compared to placebo”], estão descritas as cinco revisões sistemáticas globais com metanálises (e um relatório global) que demonstraram a superioridade do tratamento homeopático perante o placebo. Por outro lado, no capítulo “Revisões sistemáticas e relatórios globais com resultados negativos da homeopatia perante placebo (Falhas metodológicas)” [“Systematic reviews and global reports with negative results of homeopathy compared to placebo (Methodological flaws)”] estão apresentados os estudos que trouxeram resultados negativos da homeopatia perante o placebo (duas revisões sistemáticas globais, uma com metanálise e outra sem, e um relatório global), evidenciando os inúmeros vieses e falhas metodológicas dos mesmos, apresentados em diversas reanálises publicadas posteriormente (análises post hoc).
Confirmando essas reanálises, em 07/10/2023, foi publicada uma revisão sistemática de metanálises globais de RCTs demonstrando que “a qualidade da evidência dos efeitos positivos da homeopatia para além do placebo foi elevada para a homeopatia individualizada e moderada para a homeopatia não individualizada”, e que “não houve suporte para a hipótese alternativa de não haver diferença de desfecho entre homeopatia e placebo”21.
No capítulo “Revisões sistemáticas para condições clínicas específicas” [“Systematic reviews for specific clinical conditions”], estão descritas as revisões sistemáticas específicas, que demonstraram a superioridade da homeopatia perante o placebo, em diversas condições clínicas, com metanálises (rinite alérgica, diarreia aguda infantil, íleo pós-operatório e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e sem metanálises (otite média aguda, inflamação pós-operatória, distúrbios psiquiátricos e doenças reumáticas).
No capítulo “Estudos observacionais” [“Observational studies”], discorremos, principalmente, sobre os estudos observacionais analíticos (nível de evidência 2B), descrevendo estudos de coorte robustos que trouxeram importantes informações sobre a efetividade e a relação custo- efetividade do tratamento homeopático em milhares de pacientes, em longo prazo e em diversas condições clínicas22-25.
Finalizando o livro, o capítulo “Estratégias pseudocéticas e pseudocientíficas usadas em ataques à homeopatia” [“Pseudoskeptical and pseudoscientific strategies used in attacks on homeopathy”] discorre sobre o pseudoceticismo e a pseudociência, descrevendo, em detalhes, os sinais indicativos do pseudoceticismo (falso ceticismo ou ceticismo patológico), temas de fundamental importância para desmascarar os indivíduos que, sistematicamente, mantém uma postura negacionista e dogmática contra a homeopatia (pseudocéticos e pseudocientistas), desprezando as inúmeras evidências científicas existentes, as quais foram apresentadas, em detalhes, nos diversos capítulos6,7.
Como reiteramos ao longo da obra, apesar das dificuldades e limitações existentes no desenvolvimento de pesquisas em homeopatia, tanto pelos aspectos metodológicos quanto pela ausência de apoio institucional e financeiro, o conjunto de estudos experimentais e clínicos descritos é prova inconteste de que “existem evidências científicas em homeopatia” e que “homeopatia não éefeito placebo”, ao contrário do preconceito falsamente disseminado6,7. No entanto, novos estudos devem continuar a ser desenvolvidos, para aprimorar a prática clínica e elucidar aspectos singulares ao paradigma homeopático.
Atuando como terapêutica integrativa e complementar às demais especialidades, a homeopatia pode acrescentar eficácia, efetividade, eficiência e segurança à prática médica, agindo de forma curativa e preventiva, diminuindo as manifestações sintomáticas e a predisposição ao adoecer, com baixo custo e eventos adversos mínimos, auxiliando o médico a cumprir a sua “mais elevada e única missão, que é tornar saudáveis as pessoas doentes, o que se chama curar” (Samuel Hahnemann, Organon of the healing art, § 1).
Série de Webinars “Indización de Documentos según la Metodología LILACS 2024” – 25 de julio, 11:00 – 12:00 (Hora de Brasilia, GMT-3)
Únase a nosotros el jueves 25 de julio, de 11:00 a 12:00 (hora de Brasilia, GMT-3) en la cuarta sesión virtual sobre Indización de Documentos según la Metodología LILACS. En este seminario virtual, se presentarán las actualizaciones de las categorías “Homeopatía” y “Medicinas tradicionales, complementarias e integrativas (MTCI)”, abordándose los siguientes temas:
¿Qué es la categoría y cuándo fue lanzada?
¿Por qué tener una categoría exclusiva en el DeCS?
La importancia de la categoría Homeopatia y MTCI;
¿Cómo se creó la categoría? (Selección de términos, comité de expertos, validación, inclusión y exclusión de descriptores en el DeCS, etc)
Presentadores:
Álvaro Mesquita Junior – BVS Homepatía
Natalia Sofia Aldana – BVS MTCI Américas
Leonardo Adriano Ragacini – Biblioteca Artur de Almeida Rezende Filho
Objetivos:
Entrenar y capacitar los profesionales responsables por la indización de los documentos en salud adoptando la Metodología LILACS;
Actualizar los profesionales cuanto a los cambios en el tesauro DeCS/MeSH, versión 2024;
Reflexionar sobre el uso de herramientas de indización automática;
Que el alumno haga una autorreflexión sobre la calidad de la indización realizada para la base de datos LILACS y de la BVS.
Las Redes de Información en Salud son fundamentales para fortalecer y ampliar el trabajo que realiza BIREME a favor de la BVS, LILACS, DeCS y de todas las fuentes de información que contribuyan a la democratización del acceso y visibilidad del conocimiento científico en salud en los países de AL&C.
Certificados:
Se debe participar de 70% de las actividades: permanecer en la sesión por un mínimo de 30 minutos, participación en linea (3 de 4 sesiones) y/o hacer 6 de las 8 tareas. Las inscripciones, entregas de tareas y participación en sesiones son individuales – siempre informar nombre y apellido.
Materiales:
Después de cada sesión, los materiales estarán disponibles en este sitio dentro de las 24 horas posteriores a la presentación (grabación en YouTube y presentación en Zenodo).
Na apresentação, o Dr. Davisson Tavares abordará as doenças alérgicas e discutirá como a terapêutica homeopática pode ser uma alternativa eficaz e segura no tratamento dessas condições.
Compreenda e Descubra:
Formas de Alergia: Conheça as diferentes manifestações das alergias, como rinite alérgica, asma, dermatite atópica, entre outras.
Homeopatia no Tratamento: Descubra como a homeopatia pode auxiliar no alívio e tratamento dos sintomas alérgicos, promovendo o bem-estar integral do paciente.
Participação Interativa:
Perguntas e Respostas: Aproveite a oportunidade de interação ao vivo com o Dr. Davisson Tavares, tirando dúvidas e compartilhando experiências.
Não perca a chance de entender melhor as doenças alérgicas e explorar as vantagens da homeopatia no tratamento dessas condições. Participe e amplie seus conhecimentos!
Palestrante
Dr. Davisson Tavares
Mestre em Saúde Materno Infantil pela Universidade Federal Fluminense (UFF/RJ) e possui Título de Especialista em Homeopatia pela Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB/AMB). Além disso, é Especialista em Alergia e Imunologia Clínica pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI/AMB). Dr. Tavares atua como Médico Alergista e Imunologista no Hospital Municipal Jesus, no Rio de Janeiro, e é aluno da instrução continuada em Homeopatia da Associação Brasileira de Reciclagem e Assistência em Homeopatia (ABRAH/SP) desde 2018.
Apresentação
Dr. Laniel Aparecido Bueno
Médico graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) em Minas Gerais. Possui Pós graduação Lato sensu em andamento em Homeopatia pela Associação Paulista de Homeopatia (APH) e Pós-graduação Lato sensu ema ndamento em Clínica Médica pela Escola Brasileira de Medicina (EBRAMED). Atualmente atua como médico generalista e possui interesse profissional nas áreas de Homeopatia, Clínica Médica e Alergologia.
Marcus Zulian Teixeira, pós-doutorando da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP)
Dentre os 90 anos de existência da Universidade de São Paulo (USP), os últimos 46 anos fizeram parte da minha história de vida.
Em 1978, fui aprovado na Fuvest para cursar Engenharia Agronômica na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, me formando em 1981 e, a partir de 1982, comecei a desenvolver projetos de cultivo e pesquisa em horticultura orgânica em Itapecerica da Serra (SP), juntamente com um colega da Esalq, até meados de 1984.
À época, em vias de completar 27 anos, o ideal de exercer a Medicina que alimentava desde a juventude, inflamado pelo estudo autodidata da homeopatia, me fez abandonar a Agronomia para me dedicar, novamente, a prestar o vestibular da Fuvest, desta vez para disputar uma vaga no curso de Medicina na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
Em 1986, fui aprovado na 74ª Turma da FMUSP, me dedicando aos estudos da medicina convencional, juntamente, com o aprofundamento dos estudos homeopáticos nas horas vagas, me formando em Medicina em 1991. Na vida pessoal, comecei a namorar a minha esposa desde o primeiro ano da faculdade, a qual cursava fisioterapia na FMUSP, com uma vida acadêmica uspiana repleta de aprendizados, alegrias e satisfações, aspectos que reforçaram a nossa união até os dias atuais.
Como a FMUSP não oferecia curso de especialização ou residência médica em homeopatia, embora esta fizesse parte do rol das especialidades médicas junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 1981, iniciei, em 1992, a pós-graduação lato sensu em Medicina Homeopática junto à Associação Paulista de Homeopatia (APH), finalizando em 1994 e obtendo, em 1995, o título de especialista em Medicina Homeopática perante a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB).
Desenvolvendo, ao longo das últimas décadas, projetos de pesquisa em homeopatia em diversas áreas do conhecimento (farmacologia, educação médica, agronomia e homeogenômica, dentre outras), venho, atualmente, desenvolvendo o meu segundo projeto de pós-doutorado com o tema Saúde e Espiritualidade, sob a supervisão do professor Homero Pinto Vallada Filho, professor livre-docente do Departamento de Psiquiatria da FMUSP.
Com o ideal de aproximar a ciência homeopática da ciência hegemônica, realizando a releitura de diversos conceitos e fundamentos homeopáticos perante a racionalidade médica e científica contemporânea, vimos contando sempre com a excelência e a vanguarda das diversas unidades e departamentos da USP, assim como com o notório saber e a mente isenta de preconceitos de professores e pesquisadores que nos apoiaram e nos apoiam nas diversas iniciativas em curso.
Esperamos poder continuar trabalhando pelo desenvolvimento e divulgação do ensino, da pesquisa e da assistência em homeopatia junto à USP, com o intuito de esclarecer professores, pesquisadores, profissionais da saúde e a população a respeito das peculiaridades e dos benefícios do modelo homeopático de tratamento das doenças, ampliando a prática médica com uma alternativa terapêutica de grande valia e aplicação.
A Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB) vem a público manifestar sua profunda indignação e repúdio ao editorial publicado pela Folha de São Paulo, intitulado “Gasto nada homeopático”. O referido editorial apresenta uma visão distorcida e preconceituosa sobre a homeopatia, utilizando dados inverídicos e demonstrando uma flagrante falta de compromisso ético e científico.
Desinformação e Falta de Ética
O editorial carece de embasamento científico ao afirmar que a homeopatia é uma terapia “sem eficácia comprovada”. Tal afirmação ignora a literatura científica existente, que inclui ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas e meta-análises que demonstram a eficácia da homeopatia em diversas condições de saúde. Além disso, a homeopatia é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma prática médica válida, e é regulamentada por órgãos de saúde em diversos países.
Compromisso com a Ciência
Ao citar de maneira seletiva e tendenciosa estudos que supostamente desacreditam a homeopatia, o editorial desconsidera um número significativo de pesquisas que atestam seus benefícios. A publicação ignora trabalhos científicos importantes e de alta qualidade, que contribuem para o corpo de evidências sobre a eficácia da homeopatia. Entre esses trabalhos, destaca-se o livro “Homeopatia não é efeito placebo: comprovação das evidências científicas da homeopatia”, publicado em 2023 e apoiado pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Associação Paulista de Medicina (APM). Em 2024, este livro foi traduzido para inglês e espanhol, ampliando sua disseminação internacional, e publicado em diversas plataformas e formatos.
Lançamento do Livro “Ética em Homeopatia” pelo Cremesp
Destacamos também o lançamento do livro digital “Ética em Homeopatia”, uma obra coletiva da Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), ocorrido em 25 de maio de 2024. Este livro, fruto de um esforço conjunto de diversos especialistas, aborda temas como a inserção da homeopatia no sistema público de saúde, o ensino da ética médica, e os direitos e deveres do médico homeopata. A obra está disponível para acesso digital no site do Cremesp e representa um marco importante na reflexão sobre a ética na prática homeopática.
Negacionismo e Discriminação
É inadmissível que, em pleno século XXI, a homeopatia ainda seja alvo de discriminação e negacionismo por parte de veículos de comunicação que deveriam prezar pela informação correta e imparcial. A homeopatia é uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Ministério da Saúde, integrada ao SUS por meio das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), oferecendo uma opção terapêutica segura e eficaz para a população.
Humanização e Atenção Integral à Saúde
Ao desqualificar a homeopatia, o editorial desconsidera os princípios de humanização e atenção integral à saúde que ela promove. A relação médico-paciente na homeopatia é um dos pilares fundamentais para a obtenção de resultados positivos, e a prática médica homeopática deve ser valorizada por seu enfoque no indivíduo como um todo, e não apenas em seus sintomas.
Conclusão
A AMHB reitera seu compromisso com a medicina baseada em evidências e com a promoção de uma prática médica ética e humanizada. Rechaçamos veementemente as declarações preconceituosas e infundadas publicadas pela Folha de São Paulo, e exigimos respeito à homeopatia e aos profissionais que a exercem com seriedade e competência.
Por fim, solicitamos que a Folha de São Paulo publique esta nota de repúdio em seu jornal, oferecendo assim uma resposta equilibrada e justa à sua audiência.
A BVS Homeopatia Dr. Matheus Marim tem o orgulho de anunciar que está oficialmente registrada junto ao Conselho Regional de Biblioteconomia da 8ª Região. Esta importante afiliação traz diversos benefícios, que reforçam nosso compromisso com a qualidade e excelência em serviços bibliotecários. Confira abaixo todos os benefícios desta conquista:
Credibilidade e Reconhecimento Profissional
Ser registrada no Conselho Regional de Biblioteconomia garante que nossa biblioteca é reconhecida por uma entidade regulamentadora respeitada, validando nossa competência e a qualidade dos serviços oferecidos.
Conformidade com Normas e Padrões
Estamos comprometidos em seguir normas e padrões profissionais estabelecidos, adotando as melhores práticas em organização, catalogação e gestão de acervos.
Acesso a Recursos e Suporte Técnico
Contamos com o apoio técnico e profissional do Conselho para resolver dúvidas e problemas, além de participar de programas de atualização e treinamento contínuo.
Aprimoramento da Qualidade dos Serviços
Com orientações do Conselho, implementamos processos de melhoria contínua, elevando a qualidade e eficiência dos serviços prestados aos nossos usuários.
Rede de Contatos e Parcerias
Fazemos parte de uma ampla rede de profissionais e instituições de biblioteconomia, o que nos proporciona oportunidades de parcerias e intercâmbio de conhecimentos.
Reconhecimento Legal e Ético
Operamos dentro dos parâmetros legais e éticos, protegendo nossa biblioteca contra possíveis infrações e irregularidades.
Acesso a Eventos e Publicações
Participamos de congressos, seminários e workshops promovidos pelo Conselho, além de recebermos publicações e boletins informativos com as últimas novidades e tendências do campo.
Visibilidade e Prestígio
Nossa afiliação ao Conselho aumenta nossa visibilidade institucional e prestígio junto à comunidade acadêmica e científica, reforçando nossa imagem de seriedade e comprometimento com a qualidade informacional.
Fomento à Pesquisa e Inovação
Com acesso a recursos bibliográficos de qualidade, incentivamos a pesquisa científica na área de homeopatia e promovemos a inovação no desenvolvimento de novos serviços e produtos informacionais.
Benefícios Exclusivos
Aproveitamos programas exclusivos de financiamento e apoio ao desenvolvimento de bibliotecas, além de descontos e vantagens em cursos, certificações e outros programas de capacitação.
Estamos comprometidos em oferecer um serviço de excelência e esta afiliação reforça nosso compromisso. Agradecemos a confiança de todos os nossos usuários e continuaremos trabalhando para proporcionar sempre o melhor.
A homeopatia e a fitoterapia são práticas terapêuticas alternativas que têm sido utilizadas ao longo dos séculos. Ambas buscam tratar doenças e promover a saúde, mas se diferenciam significativamente em seus princípios, métodos e reconhecimentos profissionais. Este artigo visa esclarecer essas diferenças e oferecer uma compreensão técnica e profunda das duas abordagens.
História e Surgimento
Homeopatia
A homeopatia foi desenvolvida no final do século XVIII pelo médico alemão Samuel Hahnemann. Desiludido com as práticas médicas convencionais da época, Hahnemann propôs um sistema baseado na “Lei dos Semelhantes” (similia similibus curantur), que afirma que substâncias que causam sintomas em uma pessoa saudável podem, em doses diluídas, tratar sintomas semelhantes em uma pessoa doente. Em 1796, Hahnemann publicou seus primeiros trabalhos sobre o tema, e em 1810, lançou o “Organon da Arte de Curar”, que se tornou a base da homeopatia.
Fitoterapia
A fitoterapia, ou uso de plantas medicinais para tratamento, tem uma história muito mais antiga, remontando a civilizações antigas como os egípcios, chineses, indianos e gregos. Hipócrates, o pai da medicina, usava plantas em seus tratamentos, e o “De Materia Medica” de Dioscórides, escrito no século I, é um dos textos mais antigos e completos sobre o uso de plantas medicinais. A fitoterapia evoluiu ao longo dos séculos, incorporando conhecimentos tradicionais e avanços científicos na botânica e farmacologia.
Mecanismos de Ação e Formas de Preparo
Homeopatia
A homeopatia opera sob o princípio da ultradiluição e dinamização. As substâncias são diluídas repetidamente em água ou álcool e, a cada etapa de diluição, a mistura é vigorosamente agitada (processo conhecido como sucussão). Acredita-se que esse processo transfira a “informação” ou “essência” da substância original à solução. As preparações homeopáticas podem ser tão diluídas que não resta nenhuma molécula detectável da substância original, o que leva à crítica de que seu efeito é puramente placebo. A homeopatia defende que essa ultradiluição permite tratar os sintomas sem os efeitos colaterais das doses convencionais.
Fitoterapia
A fitoterapia baseia-se no uso de extratos de plantas que contêm compostos ativos capazes de produzir efeitos terapêuticos mensuráveis. As plantas são colhidas, secas e processadas para extrair componentes como alcaloides, flavonoides, terpenoides, entre outros. Os fitoterápicos podem ser administrados como infusões, decocções, tinturas, cápsulas, pomadas, entre outras formas. Diferente da homeopatia, a fitoterapia utiliza concentrações efetivas dos compostos bioativos presentes nas plantas, que têm suas ações farmacológicas bem documentadas.
Tabela 1: Comparação entre Homeopatia e Fitoterapia
Extração de compostos ativos (infusões, decocções, etc.)
Reconhecimento
Especialidade médica em vários países
Prática complementar e tradicional
Exemplo de Substância
Arnica montana (em diluição homeopática)
Camomila (infusão de flores)
Motivos da Confusão entre Homeopatia e Fitoterapia
A confusão entre homeopatia e fitoterapia surge principalmente da percepção popular e da categorização das duas práticas como “medicina alternativa”. Ambas utilizam substâncias naturais em suas preparações, mas seus princípios, métodos de preparo e mecanismos de ação são fundamentalmente diferentes. Além disso, a comercialização de produtos homeopáticos e fitoterápicos em estabelecimentos similares contribui para essa confusão.
A homeopatia é reconhecida como uma especialidade médica em vários países, exigindo formação específica e regulamentação rigorosa para sua prática. Médicos homeopatas são formados em medicina convencional e recebem treinamento adicional em homeopatia, garantindo um entendimento profundo das interações entre tratamentos homeopáticos e a saúde geral do paciente.
A fitoterapia, embora amplamente utilizada e reconhecida por suas contribuições à saúde, não é considerada uma especialidade médica. Profissionais de saúde, como farmacêuticos e nutricionistas, frequentemente utilizam conhecimentos de fitoterapia em suas práticas, mas a regulamentação varia amplamente entre os países. A fitoterapia é frequentemente associada à medicina tradicional e complementar.
Tabela 2: Formação e Regulamentação
Aspecto
Homeopatia
Fitoterapia
Formação
Médicos com treinamento adicional em homeopatia
Profissionais diversos (farmacêuticos, nutricionistas)
Regulamentação
Rigorosa, especialidade médica reconhecida
Varia amplamente, não é uma especialidade médica
Integração com Medicina
Integrada com tratamentos convencionais
Usada como complemento à medicina convencional
A homeopatia e a fitoterapia são práticas distintas tanto em seus fundamentos teóricos quanto em suas aplicações práticas. A homeopatia, com sua base na ultradiluição e dinamização, é uma especialidade médica que requer formação específica. A fitoterapia, por outro lado, utiliza extratos de plantas com compostos ativos mensuráveis e não é categorizada como uma especialidade médica. Compreender essas diferenças é crucial para profissionais de saúde e pacientes, garantindo o uso adequado e seguro de cada abordagem.
Referências
Barnes, J., Anderson, L. A., & Phillipson, J. D. (2007). Herbal Medicines. Pharmaceutical Press.
Ernst, E. (2002). A systematic review of systematic reviews of homeopathy. British Journal of Clinical Pharmacology, 54(6), 577-582.
WHO. (2004). Guidelines on the Conservation of Medicinal Plants. World Health Organization.