Arquivo do Autor: Rosangela Brambilla

A verdade sobre as evidências científicas em homeopatia

A verdade sobre as evidências científicas em homeopatia

Marcus Zulian Teixeira é médico homeopata com PhD e coordenador de Fundamentos da Homeopatia na Fac. de Medicina

Bastante utilizado no debate político, o termo “pós-verdade” é um neologismo que descreve situações em que os fatos objetivos têm menos influência em moldar a opinião pública do que os apelos às emoções e crenças pessoais. Apesar de infundadas, essas “mentiras” fazem parte de uma bem-sucedida estratégia de apelar a preconceitos e radicalizar os posicionamentos das pessoas. Paradoxalmente, apesar de utilizar esse “conceito” para criticar o artigo em que discorremos sobre as evidências científicas do modelo homeopático, o pesquisador Beny Spira o emprega frequentemente como “estratégia” em seus argumentos, deformando as situações e os fatos objetivos existentes a seu bel-prazer, com o intuito de justificar suas crenças pessoais e seus posicionamentos preconceituosos e radicais.

Quando “gastei dois parágrafos” para evidenciar que, “ao definir o exercício profissional da homeopatia como uma farsa ou um crime”, ele estava cometendo calúnia, injúria e difamação contra os milhares de especialistas homeopatas, “afetando a imagem, a reputação e a dignidade dos mesmos perante a sociedade”, eu não estava, “furiosamente” como ele coloca, “ameaçando a sua pessoa com argumentos jurídicos” (pois esse é um papel que cabe às entidades de classe) e sim mostrando que ele estava “exagerando nos impropérios e extrapolando os limites do debate ético-científico” em todos os âmbitos possíveis, inclusive, perante seus colegas pesquisadores da USP. O fato de o biólogo ser um notório pesquisador na sua área não lhe permite denegrir outros pesquisadores que atuam numa área de pesquisa que ele se nega a conhecer. Isso sim caracteriza “covardia intelectual”. Verdade ou pós-verdade?

Embora atribua a responsabilidade do título inicial “A homeopatia é uma farsa criminosa” à “editoria do Jornal da USP”, manteve o título “A homeopatia é uma farsa” no artigo, incorrendo nas mesmas faltas éticas anteriormente citadas ao definir a homeopatia ‘apenas’ como uma “farsa”.

Bastante utilizado no debate político, o termo “pós-verdade” é um neologismo que descreve situações em que os fatos objetivos têm menos influência em moldar a opinião pública do que os apelos às emoções e crenças pessoais. Apesar de infundadas, essas “mentiras” fazem parte de uma bem-sucedida estratégia de apelar a preconceitos e radicalizar os posicionamentos das pessoas.

Ao criticar as evidências científicas, por nós citadas, que respaldam o modelo homeopático, o pesquisador afirma que são “bobagens, vazias de conteúdo significativo, ou pior, de conteúdo falso”. Ao expor sua explicação professoral sobre “a prática atual de publicação de artigos científicos”, despreza a qualidade da maioria das referências citadas por serem artigos publicados em “revistas de homeopatia” que, segundo ele, não apresentam qualquer “rigor de avaliação” e “carecem de credibilidade perante a comunidade médico-científica, sendo apreciadas somente pelos seguidores da prática da homeopatia”. Ao contrário do que o pesquisador afirma, as revistas homeopáticas citadas apresentam o mesmo rigor de avaliação (revisão por pares, etc.) que os demais periódicos de outras especialidades; além disso, a publicação de pesquisas sobre determinada especialidade em periódicos da própria especialidade não é uma exclusividade da homeopatia (artigos de ginecologia são publicados em revistas de ginecologia, assim como ocorre nas demais especialidades) e, nem por isso, essas revistas carecem de credibilidade. Numa avaliação imparcial sobre o tema, o pesquisador deveria ter citado também os conflitos de interesses das pesquisas e respectivas publicações científicas relacionadas a grandes laboratórios farmacêuticos, indústrias de equipamentos médicos e empresas de biotecnologia, bastante comuns em diversas especialidades e ausentes na homeopatia. Verdade ou pós-verdade?

Em sua postura preconceituosa, o pesquisador nega a fundamentação científica do princípio de cura homeopático perante o estudo sistemático do efeito rebote dos fármacos modernos com interpretações pueris e falsas, negando centenas de “evidências extraordinárias” que confirmam o similia similibus curentur “proposto por Hahnemann há mais de 200 anos”, demonstrando não ter lido qualquer das revisões citadas (fake knowledge). Buscando demonstrar que a similitude terapêutica homeopática é um “princípio ou lei natural” e que pode ser aplicada com qualquer tipo de substância e dose, desde que a individualização sintomática característica seja respeitada, desenvolvemos o citado ensaio controlado e randomizado (RCT) publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology, seguindo as premissas da proposta Novos medicamentos homeopáticos: uso dos fármacos modernos segundo o princípio da similitude. Neste RCT, aplicamos o efeito rebote “curativo” do estrogênio dinamizado (ultradiluído ou “água”, segundo o pesquisador) para tratar a dor pélvica associada à endometriose (DPAE), em vista de o estrogênio causar, como eventos patogenéticos ou adversos, proliferação endometrial e um conjunto de sintomas (depressão, ansiedade, DPAE, insônia, enxaqueca e constipação, dentre outros) muito semelhante à síndrome da endometriose. Mostrando eficácia clínica perante o placebo, o estrogênio dinamizado propiciou melhoras significativas tanto na DPAE quanto nos sintomas mentais e na qualidade de vida, em casos pouco responsivos ao tratamento convencional.

Ao expor sua explicação professoral sobre “a prática atual de publicação de artigos científicos”, despreza a qualidade da maioria das referências citadas por serem artigos publicados em “revistas de homeopatia” que, segundo ele, não apresentam qualquer “rigor de avaliação” e “carecem de credibilidade perante a comunidade médico-científica, sendo apreciadas somente pelos seguidores da prática da homeopatia”.

Ao contrário do que o pesquisador afirma, falaciosamente, seguimos nesse RCT todas as premissas do modelo homeopático, incluindo a “individualização do medicamento perante a totalidade de sinais e sintomas das pacientes”. Se tivesse lido o artigo completo (assim como o protocolo previamente publicado e citado) e não apenas o resumo do mesmo (fake knowledge), teria observado em Materials and methods/Participants a descrição da pré-individualização sintomática realizada [“secondary (homeopathic-related) inclusion criteria (a priori or pre-individualization of patients vis-a-vis the adverse events caused by estrogen, i.e., pathogenetic effects of estrogen)”], pela qual foram alocadas no estudo apenas as pacientes que apresentavam um conjunto de sinais e sintomas semelhantes aos eventos adversos do estrogênio. Outra mentira citada pelo pesquisador foi que as críticas ao desenho do estudo, apresentadas por um grupo de pesquisadores céticos espanhóis, não haviam sido respondidas até o momento. Essa resposta está disponibilizada no canto direito (“Related Articles”) da página do artigo original desde 05.05.17 (Reply to “Letter to the Editor” by Moran et al.), justificando todas as críticas. Verdade ou pós-verdade?

Mais uma vez, reitero que as falhas metodológicas observadas na segunda análise da metanálise publicada no Lancet em 2005 impedem que ela seja usada, indistintamente, como evidência da falta de eficácia do tratamento homeopático perante o placebo ou como indicativo de “que a homeopatia acabou”, pós-verdade citada pelo pesquisador. Ao contrário, na primeira e principal análise, com todos os ensaios levantados (110 ensaios homeopáticos e 110 ensaios alopáticos, pareados segundo as mesmas doenças), a homeopatia mostrou eficácia significativa perante o placebo, com resultados semelhantes à metanálise do Lancet de 1997 (eficácia da homeopatia 2,45 maior do que a do placebo). Além dos inúmeros RCT que mostraram melhoras significativas da homeopatia perante o placebo, as conclusões das metanálises citadas indicam que “existe evidência da eficácia do tratamento homeopático perante o placebo”, apesar dos efeitos serem pequenos e específicos a alguns tipos de tratamentos.

Entretanto, vale ressaltar que essas conclusões também não são exclusividade da homeopatia, sendo descritas em metanálises que avaliaram diversos tratamentos alopáticos. Como exemplo, diversas metanálises evidenciaram que a eficácia dos antidepressivos se assemelha ao placebo em depressões leves a moderadas, mostrando pequeno efeito positivo apenas nas depressões muito severas (Kirsch et al., 2008; Khan et al., 2017). No entanto, quantos milhares de pacientes com depressão leve-moderada utilizam os antidepressivos como tratamento usual?

Finalizando, reiteramos as linhas de pesquisa existentes que confirmam o efeito das ultradiluições homeopáticas em modelos físico-químicos e biológicos (in vitro, plantas e animais), citando dezenas de estudos que evidenciam a sua ação. “Extraordinárias” ou não, muitas delas são reproduzidas e replicadas como exige o método científico. Em relação aos estudos em modelos físico-químicos citados, reproduzo o artigo O papel da água na homeopatia do professor Álvaro Vannucci, livre-docente do Instituto de Física da USP, no qual discorre sobre os clusters e a teoria da memória água.

Assim como os homeopatas não devem bradar, indistintamente, que as evidências homeopáticas são indiscutíveis e conclusivas, os céticos também não devem vociferar contra o campo de pesquisas existente, negando-as, sistematicamente. A mesma postura equilibrada e de bom senso deve ser aplicada na prática clínica: a homeopatia, assim como as demais especialidades, não deve ser indicada, de forma generalizada e isolada, para tratar qualquer problema de saúde, mas pode trazer um grande contributo à resolutividade de inúmeras doenças quando empregada de forma complementar e adjuvante às demais terapêuticas. Infelizmente, excessos são observados como em qualquer área, comprometendo a boa prática clínica homeopática.

Apesar das evidências citadas durante o debate serem suficientes ao esclarecimento de pesquisadores abertos a novos conhecimentos, elas podem ser insuficientes a outros com posturas mais dogmáticas, que clamam por “evidências extraordinárias”. Prova disso é a existência do ensino e da pesquisa em homeopatia na USP, endossada por pesquisadores e professores do mais alto nível. Concordo que “a ciência pode ser vista como uma vela no escuro”, trazendo evidências que iluminem o fenômeno em estudo, no entanto, “não adianta, a um cego, mostrar uma vela acesa”. Parafraseando o mesmo Carl Sagan citado pelo pesquisador, “a ausência da evidência não significa evidência da ausência”.

Fonte: http://jornal.usp.br/artigos/a-verdade-sobre-as-evidencias-cientificas-em-homeopatia/

Homeopatia: Medicina que Salva

Homeopatia : Medicina que Salva

        Viver é um ato contínuo de coragem, firmeza, amor e perseverança. É preciso dizer que o mundo moderno precisa em muito da abordagem holística propiciada pela medicina homeopática unicista (clássica). Seu desconhecimento, nos dias atuais se configura em um verdadeiro crime. A homeopatia tem modo de atuar científicamente comprovado, através de estudos aceitos na comunidade científica internacional. A homeopatia, diferentemente da fitoterapia, tem sua ação através da física, sendo uma tecnologia de ponta, apesar de ter sido concebida há 200 anos, pelo genial médico alemão Samuel Hahnemann.  Atua onde muitas vezes outros métodos já fizeram tudo o que podiam. A institucionalização ampla da homeopatia nos brinda com benefícios inumeráveis nos mais variados aspectos da vida. Sua diferençiação se origina em sua ação quântica, baseada portanto na física atômica. A técnica farmacológica homeopática usa o “imprint”´do átomo no solvente (a água ), como que gravando um CD, com sua informação. Não podemos mais nos dar ao luxo de desprezar conhecimentos bem estruturados  e essenciais como os da homeopatia. O momento existencial é crítico em todos os sentidos, precisamos então “concertar o navio”, ao invéz de ficar na superficilidade, pintando os mastros,  diante do iminente naufrágio. Poderemos salvar-nos, salvar os nossos e em consequência colaborar para que se salve todo nosso querido planeta Terra.

            E o que devo saber então?            – Primeiro que a homeopatia não é algo banal, ao contrário, é de grande profundidade, devemos então ter  zêlo, amor e respeito por esta medicina humanizante, como algo que é nobre e abençoado.

        – Que a homeopatia não disputa com a alopatia (medicina tradicional ), podendo se somar a ela em muitos casos.

           – Saber que a homeopatia, exercida por um médico corretamente especializado e atualizado, pode ser também útil em pacientes graves, inclusive em unidade de terapia intensiva(UTI),associada ao tratamento convencional, com resultados realmente animadores. Sua utilização vem elevando a percentagem de pacientes que se recuperam, em diversas UTIs, no  Brasil e em todo o mundo.

            – Saber que pacientes psiquiátricos também poderão ter grande ajuda com a associação da homeopatia hahnemanniana (unicista ) aos seus tratamentos, como temos observado em muitos casos.

            – Saber que o tratamento homeopático retarda o envelhecimento,pois sua ação anti-oxidativa, ocorre juntamente com a diminuição progressiva do estresse.

            – Saber que a homeopatia é uma medicina comprovadamente  com ação positiva sobre o concepto (feto ).

            – Saber que a homeopatia é fundamentalmente  preventiva, aumentando a imunidade, e diminuindo sabidamente a incidência e  progressão do câncer, devendo deste modo estar incluída, na prevenção de enfermidades em geral, e estar associada aos tratamentos oncológicos tradicionais, para disponibilizar  aos que sofrem, outras possibilidades.

              – Saber que a homeopatia é preventiva para doenças infectocontagiosas e como já demonstrado na prática, contribuir na contenção de epidemias.

              – Saber que a homeopatia age muito bem em crianças.

              – Saber que a adoção da homeopatia uniscista reduz drásticamente os potenciais criminais, trabalhando na eliminação de traumas  e na  reorganização das estruturas de caráter que levam a tal.

              – Saber que a homeopatia foi considerada a primeira medicina com ação psicodinâmica, causando evolução, maturação, individuação e adequação do ser.

              – Saber que a homeopatia age na mulher, ajudando em sua problemática feminina geral, colaborando no verdadeiro o resgate da sua feminilidade.

              – Saber que a homeopatia se baseia em leis naturais de cura: pois ela (a cura) ocorre no corpo, segundo leis fixas, sendo na ordem de cima para baixo, de dentro para fora e com relação ao tempo, o movimento de cura acontece  do último sintoma para trás, ou seja: numa espécie de “marcha a ré”, dando a oportunidade de refazermos o que organizamos de modo errado,como que esvaziando a “lixeira” de nossa “CPU” viva, o nosso querido cérebro,  com consequente melhoria emocional, intelectual e de memória, sempre  dentro dos limites individuais.

               –  Saber que a auto-medicação com homeopatia ou mesmo através de mãos inexpertas pode ser potencialmente grave ou até fatal.

               – Saber que “Florais” não são homeopatia sendo bom saber que o médico e o psicólogo, são proibidos por seus conselhos de os receitar.

                – Saber que dentro de cada um mora Deus e que a homeopatia foi concebida por Cristiano Frederico Samuel Hahnemann, para que através de sua ajuda se  possa alçar os mais altos fins existenciais.

                –  Saber  juntar-se a esta luta de amor, por um mundo melhor.

Autor: Dr. Jorge Ricardo dos Santos – Médico Homeopata

Fonte: http://www.jorgehomeopata.com.br/p/artigos_06.html?m=1

Homeopatia e preconceito: ausência de evidências científicas ou negação das existentes? por Dr. Marcus Zulian Teixeira

Homeopatia e preconceito: ausência de evidências científicas ou negação das existentes?

Marcus Zulian Teixeira é médico homeopata com PhD e coordenador da disciplina Fundamentos da Homeopatia da FMUSP

Marcus Zulian Teixeira – Foto: Reprodução

Com assombro e preocupação tomamos conhecimento da recente matéria A homeopatia é uma farsa criminosa, publicada pelo pesquisador Beny Spira no Jornal da USP, crítica mordaz e desrespeitosa à excelente reportagem Ensino de homeopatia veterinária é deficiente, afirma pesquisadora, em que a pesquisadora Clarice Vaz de Oliveira expõe de forma clara e objetiva as dificuldades encontradas pela homeopatia em ser aceita no âmbito acadêmico, para que possa desenvolver atividades de ensino, pesquisa e assistência. Incomodado pelas verdades citadas, talvez por ser partícipe dos impedimentos descritos, o crítico exagerou nos impropérios, extrapolando os limites do debate ético-científico.

Ao definir o exercício profissional da homeopatia como uma “farsa” ou um “crime”, Beny Spira comete delitos em diversas esferas. No campo penal, atribuindo o título de “farsantes” ou “criminosos” aos milhares de médicos, médicos-veterinários, cirurgiões-dentistas e farmacêuticos homeopatas, que obtiveram títulos de especialistas junto aos respectivos Conselhos de Classe (CFM, CFMV, CFO e CFF), comete “calúnia”, “difamação” e “injúria” contra esses profissionais, “Crimes Contra a Honra” enquadrados, respectivamente, nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal, afetando a imagem, a reputação e a dignidade dos mesmos perante a sociedade.

No campo ético-profissional, caso faça parte de alguma dessas classes profissionais (curiosamente, omite sua formação acadêmica em seu Currículo Lattes), estará infringindo grave delito perante seus pares. Perante o Código de Ética da USP e seus colegas pesquisadores homeopatas, desrespeita os artigos 4º, 5º e 7º “Dos Princípios Comuns”, ferindo “o direito à liberdade de expressão dentro de normas de civilidade e sem quaisquer formas de desrespeito” e divulgando “informações de maneira sensacionalista, promocional ou inverídica”, dentre outros.

Em vista dos projetos de ensino e pesquisa homeopática que vimos desenvolvendo junto à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) desde 2002, temos colaborado na elaboração de várias matérias esclarecedoras sobre a episteme ou racionalidade científica homeopática publicadas no Jornal da USP (1, 2, 3, 4, 5), na Agência USP de Notícias (6, 7), na Rádio USP (8) e na revista Espaço Aberto (9, 10). Nesta última (2012), em debate com o referido pesquisador, citamos inúmeras evidências científicas em resposta às suas provocações, as quais, infelizmente, parecem ter sido ignoradas e negadas por ele, pois ele repete os mesmos argumentos falaciosos à época. Tal postura, além de configurar os delitos anteriormente citados, demonstra a máxima do filósofo William Hazlitt: “O preconceito é filho da ignorância”.

Dentre as atividades realizadas junto à FMUSP, além da elaboração de estudos relacionados à educação médica em terapêuticas não convencionais (11, 12, 13, 14, 15), coordenamos a disciplina optativa Fundamentos da Homeopatia e desenvolvemos projetos de pesquisa clínica em homeopatia (Tese de doutorado e Tese de pós-doutorado), tendo como orientadores professores titulares isentos de preconceitos, que nos permitem expor, discutir e confirmar as premissas do modelo homeopático através de aulas, cursos, estudos e pesquisas científicas.

A título de esclarecimento geral, o modelo científico homeopático está embasado em quatro pressupostos: (i) princípio de cura pela semelhança (similitude terapêutica), (ii) experimentação de medicamentos em indivíduos sadios (ensaios patogenéticos homeopáticos), (iii) prescrição de medicamentos individualizados e (iv) uso de medicamentos dinamizados (ultradiluídos). Embora se atribua grande importância ao medicamento dinamizado, as duas primeiras premissas são os alicerces da episteme homeopática, restando ao medicamento individualizado (escolhido segundo a totalidade de sinais e sintomas característicos) a condição inerente para que a reação terapêutica do organismo venha a ocorrer (16).

Mostrando que esses pressupostos não são “arcaicos”, como afirma o pesquisador, o princípio da similitude terapêutica (similia similibus curentur) está fundamentado cientificamente no estudo do efeito rebote dos fármacos modernos, linha de pesquisa que vimos desenvolvendo nas últimas décadas, com centenas de evidências e diversas publicações (17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29). Segundo essas pesquisas, a reação secundária do organismo, utilizada de forma curativa quando aplicamos a similitude terapêutica, é descrita pela farmacologia moderna como efeito rebote ou reação paradoxal do organismo, sendo observada após a descontinuação de inúmeras classes de fármacos, agravando os sintomas da doença a níveis superiores aos anteriores do tratamento, podendo causar, inclusive, iatrogenias graves e fatais. Como é que o pesquisador afirma que ele “carece de evidências científicas”?

Ampliando essa linha de pesquisa e contribuindo ao “progresso da ciência homeopática”, desde 2003, vimos propondo usar os fármacos modernos segundo o princípio da similitude terapêutica (www.newhomeopathicmedicines.com), empregando medicamentos que causam determinados sintomas, como eventos adversos, para tratar indivíduos doentes com os mesmos transtornos. Agregando diversas publicações científicas que embasam essa proposta (30, 31, 32, 33, 34), aplicamos essa metodologia em nossa Tese de pós-doutorado, utilizando o estrogênio (17-beta estradiol) dinamizado para tratar a dor pélvica crônica de pacientes portadoras de endometriose, em vista de o estrogênio causar proliferação endometrial como evento adverso e a endometriose ser uma síndrome estrogênio-dependente. Com resultados bastante animadores (35, 36), essa proposta pode ser utilizada no tratamento de uma infinidade de doenças modernas (34), reiterando a universalidade do princípio da similitude terapêutica (“lei ou princípio natural”), independentemente do tipo de substância utilizada (natural ou sintética) ou da dose empregada (ponderal ou infinitesimal), como no caso do trióxido de arsênico, citado pelo pesquisador. Ausência de evidências científicas ou negação das existentes?

Quanto aos medicamentos homeopáticos dinamizados (ultradiluídos), desacreditados em seu poder de ação pela concepção farmacológica dose-dependente, inúmeros experimentos em pesquisa básica utilizando modelos físico-químicos (40) e biológicos (41, 42, 43, 44) evidenciam que a “informação” dessas doses infinitesimais provoca os mesmos efeitos que a substância de origem, ou desperta a reação terapêutica quando aplicada a similitude terapêutica. O fato de esses efeitos serem observados em células, plantas e animais descarta a falsa hipótese de que o “efeito placebo” é a única explicação plausível para a ocorrência do fenômeno homeopático. Ausência de evidências científicas ou negação das existentes?

Como citado anteriormente, a individualização do medicamento homeopático perante a totalidade de sintomas característicos do doente é uma condição inerente para que a resposta curativa do organismo seja despertada, exigindo-se consultas periódicas no ajuste do medicamento perante o binômio doente-doença. Em vista disso, os modelos de pesquisa em homeopatia devem respeitar a individualização medicamentosa, disponibilizando um tempo maior de acompanhamento. Ensaios clínicos que desprezaram essa premissa epistemológica não apresentaram eficácia clínica perante o placebo.

Dentre outras falhas metodológicas, a seleção de ensaios clínicos que desrespeitaram a individualização medicamentosa foi importante viés na segunda análise da metanálise publicada no Lancet em 2005 e no relatório do governo australiano, estudos citados pelo pesquisador como norteadores para a (falsa) conclusão de que “o tratamento homeopático equivale ao tratamento com placebo”.

Como fizemos com a endometriose (36), ensaios clínicos placebos-controlados (e respectivas metanálises) demonstram a eficácia do tratamento homeopático perante o placebo em diversas classes de doenças (infecções do trato respiratório superior, diarreia, otite média aguda, síndrome pré-menstrual, fibromialgia, síndrome da fadiga crônica, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, dentre outras) (45, 46, 47, 48, 49, 50), apesar das dificuldades metodológicas encontradas na elaboração dos mesmos, para que respeitem a episteme homeopática. Ausência de evidências científicas ou negação das existentes?

Todos os pesquisadores que criticam o modelo científico homeopático por preconceito ou opinião dogmática, ignorando e desprezando suas evidências de forma sistemática, se afastam da “busca pela verdade” que tanto propagam, agindo como verdadeiros pseudocientistas. Como já disse no passado, “o orgulho científico entorpece a mente dos pesquisadores, fazendo-os desprezar aquilo que desconhecem”.

Fonte: http://jornal.usp.br/artigos/homeopatia-e-preconceito-ausencia-de-evidencias-cientificas-ou-negacao-das-existentes/

Um resposta da Homeopatia pela Dra. Clarice Vaz

Uma resposta da homeopatia a Beny Spira
Clarice Vaz é médica veterinária pela FMVZ e especializanda em Bioética na FMUSP

Clarice Vaz – Foto: Arquivo pessoal

Com a transição de uma concepção mitológica de cosmos para um reconhecimento epistemológico da razão enquanto critério de legitimação do conhecimento, a civilização ocidental inaugura, na Antiguidade, uma nova forma de vida social. A crença é substituída pelo logon didonai como método de validação: é no prestar contas/dar razões socrático que passa a residir o exercício de apuração por parte de um orador e seus interlocutores. As palavras proferidas pelo orador constituem uma responsabilidade inalienável.
Tamanho salto cronológico tem como objetivo salientar o seguinte: a censura ao logon didonai, à prestação de contas no âmbito acadêmico e fora deste, ao direito de difusão de conhecimento – seja ele compatível com suas afiliações científicas, políticas e filosóficas ou não – parece-nos mais “arcaico” do que os argumentos utilizados para assim caracterizar a homeopatia. Não fica claro o modo pelo qual uma apologia à restrição institucional para determinados objetos de estudo favorecerão a ciência e a sociedade. Muito menos como a adoção de um tom desdenhoso se adequa ao progresso científico.Reconhecemos que fatos científicos não derivam de plebiscitos. Tal não equivale, contudo, a afirmar-se que “a ciência não é democrática”. Declaração alarmante e que representa a mentalidade vigente em muitas circunstâncias.

Entenda-se: a importância do conhecimento científico é inequívoca, a história e a filosofia da ciência estão aí para confirmar isso. Não se trata de “jogar fora o bebê junto com a água do banho”. Porém é um equívoco adotar uma perspectiva polarizada e possessiva da ciência. Ela não é exclusivamente A ou B e muito menos pertence a um grupo restrito de indivíduos – os cientistas.

Lembremo-nos de que a ciência é objeto de estudo de diferentes áreas e a sua discussão se dá em esferas distintas. É fácil perder-se esta perspectiva em um panorama de ultraespecialização e de compartimentalização estrita dos saberes: facilitadores na formação de sábios-ignorantes.

A filosofia da ciência surge como um terreno fértil para a análise do conflito concernente à homeopatia (vide o artigo A homeopatia como ciência: uma análise filosófica, de autoria do professor Sílvio Chibeni, da Unicamp). A sociologia, idem (destaque-se a vasta bibliografia da autora Madel Terezinha Luz sobre o tema). O que equivale a dizer que não só de ciência se alimenta a ciência. É na transdisciplinaridade, mais do que numa inter ou multidisciplinaridade, que muitos temas manifestam sua potência.

A alusão ao artigo de metanálise de Shang et al. (2005) que é feita no seu artigo deixa a seguinte dúvida: leu o texto que serviu de base à entrevista que censurou?  A questão parte do seguinte: logo no primeiro capítulo da minha dissertação de mestrado, não por acaso intitulado “O conflito”, é feita uma referência ao mesmo artigo de Shang et al. (2005). Na sequência, é apresentada a réplica por parte do pesquisador homeopata José Eizayaga, com a publicação do artigo “The Lancet e o proclamado fim da homeopatia: revisão crítica de publicação de Shang et al. (2005) e dos artigos relacionados subsequentes”. A escolha das nossas referências e o modo como encerramos uma discussão, quando ainda existe a ser dito, demonstra que a ciência é mais do que esse monolito hermético e imparcial que dá a transparecer. De resto, poderíamos nos questionar sobre a legitimidade de alguém que reitera o método científico tão acirradamente sequer se empenhar em conhecer o objeto criticado.

Existem sérias implicações na utilização da homeopatia no âmbito da saúde humana e animal tal como em qualquer outro modelo de prática médica. A responsabilidade para com a saúde, a doença, a vida e a morte requer, além de conhecimentos científicos e de ordem mais técnica, um trabalho de reflexão ética que norteie tais práticas.

Existem sérias implicações éticas também na marginalização de determinados tipos de saber, além do óbvio caráter espoliativo implícito. No caso específico da homeopatia, assistimos a um bloqueio ao desenvolvimento de uma prática médica com milhões de usuários. Criar condições não só de resistência, mas de plena existência à homeopatia é respeitar a autonomia do indivíduo e permitir que este seja um protagonista ativo no processo de saúde-adoecimento.

A desventura não foi em vão. Após a publicação do artigo do professor Beny Spira no Jornal da USP e sua divulgação no Facebook do Estadão e no site Catraca Livre, a discussão sobre a homeopatia intensificou-se, tanto no âmbito informal como em meios especializados. Saliente-se o excelente texto de resposta do dr. Lucas Franco Pacheco (disponível em http://doutorlucashomeopatia.com.br/2017/05/17/resposta-geneticista-da-usp-homeopatia-funciona/).

O conflito é histórico e está longe de ser resolvido. A questão é complexa mas não insolúvel. A homeopatia tem provas dadas de sua capacidade de resistência, através da firme convicção de seus usuários e praticantes. Porém, faz-se necessária a criação de um cenário mais favorável ao estudo e pesquisa da homeopatia, colocando um ponto final ao clima de constrangimento e censura que envolve o tema, seus praticantes e opositores.

Deixo alguns exemplos de bibliografia útil a quem se interessar pelo tema:

  1. KOSSAK-ROMANACH, A. Homeopatia em 1000 Conceitos. S. Paulo: Elcid, 2003. Versão em formato digital e de livre acesso disponível em:
    http://www.homeopatiaexplicada.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=56&Itemid=19
  1. LUZ, Madel TA Arte de Curar versus A Ciência das Doenças.  São Paulo: Dynamis Editorial, 1996.
  1. ROSENBAUM, Paulo. Homeopatia e Vitalismo. São Paulo: Robe  Editorial, 1996.
  1. ROSENBAUM, Paulo. Homeopatia – medicina interativa, história lógica. São Paulo: Imago, 2000.
  1. ROSENBAUM, Paulo. Fundamentos de homeopatia para estudantes de medicina e de ciências da saúde. São Paulo: Roca, 2002.
  1. TEIXEIRA, M. Z. A Natureza Imaterial do Homem. S. Paulo: Petrus, 2000. Versão em formato digital e de livre acesso disponível em: http://www.homeozulian.med.br/livros/A%20Natureza%20Imaterial%20do%20Homem%20-%20Dr.%20Marcus%20Zulian%20Teixeira.pdf
  1. WAISSE, Silvia. Hahnemann – um médico de seu tempo. São Paulo: EDUC, 2005.

Fonte: http://jornal.usp.br/artigos/uma-resposta-da-homeopatia-a-beny-spira/

Resposta do Dr. Lucas Pacheco ao Geneticista da USP: Homeopatia Funciona

O professor de Genética e biologia molecular da USP, Beny Spira, publicou um texto no Jornal da USP no dia 15/05/2017 com o seguinte título : “A Homeopatia é uma farsa”:

Dr lucas homeopatia
Prof. Dr. Lucas Franco Pacheco – Médico especialista em Homeopatia pela AMHB – AMB.

Segue minha resposta ao texto do Professor livre-docente da USP:
É desinformação o que este professor expõe referente à Homeopatia no Jornal da USP .
As declarações de seu texto são claramente falsas. São comuns na Internet e mesmo em alguns artigos científicos este tipo de desinformação, mas é uma pena que tenha vindo de um professor livre-docente da USP. Basta um pouco de pesquisa para descobrir muitos estudos de alta qualidade que têm sido publicados em conceituadas revistas médicas e científicas, incluindo a Lancet, BMJ, Pediatrics, Pediatric Infectious Disease Journal, Chest e muitas outras. Embora algumas dessas mesmas revistas também tenham publicado pesquisas com resultados negativos para a homeopatia, há muito mais pesquisas que mostram um efeito positivo, ao invés de negativo.
O autor do texto publicado no jornal da USP logo no início se contradiz:
       A ciência baseia-se na busca pela verdade, não em opiniões

Em seguida afirma:
       A homeopatia  é considerada pela grande maioria dos cientistas, uma pseudociência
Ou seja, num momento ele afirma que Ciência não se baseia em opiniões e, em seguida, se contradiz, defendendo que a homeopatia é pseudociência pois esta é a opinião da maioria dos cientistas.
Depois tenta justificar a impossibilidade do efeito do medicamento homeopático com base química na lei de Avogadro. Outro erro do autor, já que a Homeopatia sabidamente atua de forma frequencial, energética, e não química.  Uma recente pesquisa realizada no respeitado Indian Institute of Technology, o Instituto Indiano de Tecnologia, confirmou a presença de “nanopartículas” das matérias-primas, mesmo em diluições extremamente altas. Pesquisadores demonstraram pela Microscopia de Transmissão Eletrônica (TEM), difração de elétrons e análise química por Inductively Coupled Plasma-Atomic Emission Spectroscopy (ICP-AES) ou Espectroscopia de Emissão Atômica-Plasma Indutivamente Acoplado, a presença de entidades físicas nestas diluições extremas (2). À luz desta pesquisa pode-se afirmar que o que o professor da USP diz ou sugere de que há “nada” em medicamentos homeopáticos, fica evidente que ele está desinformado (precisa estudar mais sobre Homeopatia).
O professor livre-docente da USP também cita uma metanalise contra a homeopatia, mas omite no mínimo outras 8 metanalises favoráveis à homeopatia (3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10) . Esta única metanalise com resultado desfavorável à homeopatia foi baseada em artigos que não respeitam os aspectos de individualidade e prescrição para a totalidade sintomática, fundamentais para se exercer a ciência homeopática.

Ele afirma que a ciência evolui constantemente, que cada livro lançado trás novos conhecimentos. Na verdade, se for assim, tudo o que praticamos hoje está errado já que amanhã será diferente. Esta medicina extremamente mutável em que valoriza o novo e despreza aquilo que é antigo, na verdade isto é comércio, é muitas vezes o mesmo medicamento com nova cara e também novos preços (mais caros), basta ler os estudos do Dr. Peter Gotzsche. Tudo o que é verdadeiro é eterno. Por exemplo, a física evoluiu, mas as leis de Newton são válidas até hoje. A homeopatia evoluiu, mas suas leis são válidas até hoje.

—“Da Relutância em deixar as coisas como estão,
Do excessivo zelo pelo que é novo e
O desprezo por aquilo que é antigo,
Da preocupação de valorizar o conhecimento mais
Que a sabedoria,
A técnica mais que a arte e
A esperteza mais que o senso comum,
Do hábito de tratar pacientes como casos e
Da conduta terapêutica que é mais penosa do que
A própria doença,
Deus nos proteja!”
Sir Robert Hutchinson

O autor é geneticista, provavelmente conheça o Pesquisador Dr. Luc Montaigner.

Prof. Luc Montagnier - Prêmio Nobel   Prof. Dr. Luc Montagnier – Prêmio NobelEm 2008,

Em 2008, Dr. Luc Montaigner foi agraciado com o Prémio Nobel da Medicina que partilhou com Dr. Françoise Barré-Sinoussi pela descoberta que ambos fizeram do retrovírus VIH, responsável pela sida, e com Dr. Harald zur Hausen pela descoberta do papiloma vírus humano. Para além do Prémio Nobel da Medicina de 2008, Montaigner recebeu outros prêmios como reconhecimento do seu trabalho, tais como o Rosen Prize for Oncology, o Scientific and Technological Foundation of Japan’s Award, o King Faisal Award e o Gairdner Award.
Em uma entrevista notável publicado na revista Science de 24 de dezembro de 2010 (11), Professor Luc Montagnier, manifestou o seu apoio para a especialidade médica da medicina homeopática, muitas vezes criticada e incompreendida.

Montagnier, que também é fundador e presidente da Fundação Mundial para Pesquisa e Prevenção da AIDS, afirmou:

       Eu não posso dizer que a homeopatia está certa em tudo. O que posso dizer agora é que as altas diluições (usadas em homeopatia) estão certas. Altas diluições de algo são diferente de nada. Eles são estruturas de água que imitam as moléculas originais

Aqui, Montagnier está fazendo referência à sua pesquisa experimental que confirma uma das características controversas da medicina homeopática que utiliza doses de substâncias que são submetidas à diluição sequencial com agitação vigorosa entre cada diluição. Embora seja comum para cientistas modernos assumir que nenhuma das moléculas originais permaneçam na solução, a investigação de Montagnier (como outras de muitos dos seus colegas) verificou que os sinais electromagnéticos do medicamento original permanecem na água e tem dramáticos efeitos biológicos.
A nova pesquisa de Montagnier está investigando as ondas eletromagnéticas que, segundo ele, emanam do DNA altamente diluído de vários patógenos. Montagnier afirma:

       O que descobrimos é que o DNA produz mudanças estruturais na água, que persistem em diluições muito altas, e que levam a sinais eletromagnéticos ressonantes que podemos medir. Nem todo DNA produz sinais que podemos detectar com o nosso dispositivo. Os sinais de alta intensidade são provenientes de DNA bacteriano e viral

Montagnier escreveu sobre suas descobertas em 2009 (12). Em seguida, em meados de 2010, ele falou em um encontro de prestígio, para colegas ganhadores do Prêmio Nobel, onde ele manifestou interesse sobre a homeopatia e as implicações deste sistema de medicina (13).
A nova pesquisa de Montagnier evoca memórias de uma das histórias mais sensacionais da ciência francesa, muitas vezes referida como o “caso Benveniste”.

Pesquisador Prof. Jacques Benveniste
Pesquisador Prof. Jacques Benveniste

Um imunologista e pesquisador altamente respeitado, Dr. Jacques Benveniste, que faleceu em 2004, conduziu um estudo que foi replicado em três outros laboratórios universitários e publicado na revista Nature(14). Benveniste e outros pesquisadores usaram doses extremamente diluídas de substâncias que criaram um efeito sobre um tipo de glóbulo branco chamado basófilos.
Embora o trabalho de Benveniste tenha sido supostamente desmascarado (15), Montagnier considera Benveniste um “Galileu moderno” que estava muito à frente de seu tempo e que foi atacado por investigar um assunto médico e científico que a ortodoxia tinha erroneamente ignorado e até demonizado.
Além de Benveniste e Montagnier, é também a opinião de peso do Dr. Brian Josephson, que, como Montagnier, é um cientista ganhador do Prêmio Nobel.

Brian Josephson - Prêmio Nobel

Dr. Brian Josephson – Prêmio Nobel

Respondendo a um artigo sobre homeopatia na revista New Scientist, Josephson escreveu:

       Quanto às suas observações sobre as alegações feitas pela homeopatia: críticas centradas em torno do número muito pequeno de moléculas de soluto presentes em uma solução, após ela ter sido repetidamente diluída, são irrelevantes, uma vez que os defensores dos medicamentos homeopáticos atribuem os seus efeitos, não a moléculas presentes na água, mas a alterações da estrutura da água.

Josephson descreveu como muitos cientistas hoje seofrem de “descrença patológica”, isto é, sobre eles é colocada uma atitude não científica, que é incorporada pela ideia de que “mesmo se fosse verdade, eu não acreditaria.
Na nova entrevista na revista Science, Montagnier também expressou preocupação real sobre a atmosfera não científica que atualmente existe em torno de certos assuntos não convencionais, como a homeopatia.

Disseram-me que algumas pessoas têm reproduzido os resultados de Benveniste, mas eles têm medo de publicá-los por causa do terror intelectual das pessoas que não os compreendem

Montagnier concluiu a entrevista quando perguntado se ele está preocupado que ele está à deriva em pseudociência, ele respondeu sem hesitação:

       Não, porque não é pseudociência. Não é charlatanismo. Estes são fenômenos reais que merecem um estudo mais aprofundado

A maioria das pesquisas clínicas realizadas sobre os medicamentos homeopáticos publicada em revistas científicas têm mostrado resultados clínicos positivos (16 e 17), especialmente no tratamento de alergias respiratórias (18 e 19), gripe (20), fibromialgia (21 e 22), artrite reumatóide (23), diarreia infantil (24), de recuperação pós-cirúrgica de cirurgia abdominal (25), deficit de atenção (26) e redução dos efeitos secundários do tratamento do câncer convencionais (27).
Além de ensaios clínicos, várias centenas de estudos de pesquisa básica confirmaram a atividade biológica de medicamentos homeopáticos. Estudos in vitro encontraram 67 experimentos (1/3 deles repetições), sendo que quase 3/4 de todas as repetições tiveram resultados positivos (28 e 29).
Em conclusão, deve notar-se que o ceticismo sobre qualquer assunto é importante para a evolução da ciência e da medicina. No entanto, como mencionado acima pelo Prêmio Nobel Dr. Brian Josephson, muitos cientistas têm uma “descrença patológica” em determinados assuntos e, finalmente, criam uma atitude não saudável e não científica que bloqueiam a verdade e a ciência reais. O ceticismo está no seu melhor papel quando seus defensores não tentam cortar pesquisas ou acabar com a conversa, mas sim explorar possíveis novas (ou velhas) formas de entender e verificar fenômenos estranhos, mas convincentes. Nós todos temos esse desafio quando exploramos e avaliamos os efeitos biológicos e clínicos dos medicamentos homeopáticos.

Autor: Prof. Dr. Lucas Franco Pacheco, Médico Homeopata com título da AMB e Professor de Saúde Coletiva da UNIVÁS.
Referências:

1- http://jornal.usp.br/artigos/a-homeopatia-e-uma-farsa-criminosa/

2- Chikramane PS, Suresh AK, Bellare JR, and Govind S. Extreme homeopathic dilutions retain starting materials: A nanoparticulate perspective. Homeopathy. Volume 99, Issue 4, October 2010, 231-242.

3- Mathie RT, Ramparsad N, Legg LA, Clausen J, Moss S, Davidson JR, Messow C-M, McConnachie A. Randomised, double-blind, placebocontrolled trials of non-individualised homeopathic treatment: systematic review and meta-analysis. Syst Rev. 2017;6:63.

4- Mathie RT, Van Wassenhoven M, Jacobs J, Oberbaum M, Frye J, Manchanda RK, Roniger H, Dantas F, Legg LA, Clausen J, Moss S, Davidson JR, Lloyd SM, Ford I, Fisher P. Model validity and risk of bias in randomised placebo-controlled trials of individualised homeopathic treatment. Complement Ther Med 2016;25:120-5.

5- Mathie RT, Van Wassenhoven M, Jacobs J, Oberbaum M, Roniger H, Frye J, Manchanda RK, Terzan L, Chaufferin G, Dantas F, Fisher P. Model validity of randomised placebo-controlled trials of individualised homeopathic treatment. Homeopathy 2015;104(3):164-9.

6- Mathie RT, Clausen J. Veterinary homeopathy: systematic review of medical conditions studied by randomised trials controlled by other than placebo. BMC Vet Res 2015;11:236.

7- Mathie RT, Clausen J. Veterinary homeopathy: systematic review of medical conditions studied by randomised placebo-controlled trials. Vet Rec. 2014;175(15):373-81.

8- Mathie RT, Lloyd SM, Legg LA, Clausen J, Moss S, Davidson JR, Ford I. Randomised placebo-controlled trials of individualised homeopathic treatment: systematic review and meta-analysis. Syst Rev. 2014; 3: 142.

9- Hahn RG. Homeopathy: meta-analyses of pooled clinical data. Forsch Komplementmed 2013;20:376-81.

10- Nuhn T, Lüdtke R, Geraedts M. Placebo effect sizes in homeopathic compared to conventional drugs – a systematic review of randomised controlled trials. Homeopathy 2010; 99(1): 76-82.

11- Enserink M, Newsmaker Interview: Luc Montagnier, French Nobelist Escapes “Intellectual Terror” to Pursue Radical Ideas in China. Science 24 December 2010: Vol. 330 no. 6012 p. 1732. DOI: 10.1126/science.330.6012.1732

12- Luc Montagnier, Jamal Aissa, Stéphane Ferris, Jean-Luc Montagnier, Claude Lavallee, Electromagnetic Signals Are Produced by Aqueous Nanostructures Derived from Bacterial DNA Sequences. Interdiscip Sci Comput Life Sci (2009) 1: 81-90.

13- (Nobel laureate gives homeopathy a boost. The Australian. July 5, 2010. http://www.theaustralian.com.au/news/health-science/nobel-laureate-gives-homeopathy-a-boost/story-e6frg8y6-1225887772305

14- (Davenas E, Beauvais F, Amara J, et al. (June 1988). “Human basophil degranulation triggered by very dilute antiserum against IgE”. Nature 333 (6176): 816-8

15- Maddox J (June 1988) “Can a Greek tragedy be avoided?”. Nature 333 (6176): 795-7

16- Linde L, Clausius N, Ramirez G, et al., “Are the Clinical Effects of Homoeopathy Placebo Effects? A Meta-analysis of Placebo-Controlled Trials,” Lancet, September 20, 1997, 350:834-843

17- Lüdtke R, Rutten ALB. The conclusions on the effectiveness of homeopathy highly depend on the set of analyzed trials. Journal of Clinical Epidemiology. October 2008. doi: 10.1016/j.jclinepi.2008.06/015.

18- Taylor, MA, Reilly, D, Llewellyn-Jones, RH, et al., Randomised controlled trial of homoeopathy versus placebo in perennial allergic rhinitis with overview of four trial Series, BMJ, August 19, 2000, 321:471-476.

19- Ullman, D, Frass, M. A Review of Homeopathic Research in the Treatment of Respiratory Allergies. Alternative Medicine Review. 2010:15,1:48-58. http://www.thorne.com/altmedrev/.fulltext/15/1/48.pdf

20- Vickers AJ. Homoeopathic Oscillococcinum for preventing and treating influenza and influenza-like syndromes. Cochrane Reviews. 2009

21- Bell IR, Lewis II DA, Brooks AJ, et al. Improved clinical status in fibromyalgia patients treated with individualized homeopathic remedies versus placebo, Rheumatology. 2004:1111-5

22- Fisher P, Greenwood A, Huskisson EC, et al., “Effect of Homoeopathic Treatment on Fibrositis (Primary Fibromyalgia, BMJ, 299(August 5, 1989):365-6

23- Jonas, WB, Linde, Klaus, and Ramirez, Gilbert, “Homeopathy and Rheumatic Disease,” Rheumatic Disease Clinics of North America, February 2000,1:117-123.

24- Jacobs J, Jonas WB, Jimenez-Perez M, Crothers D, Homeopathy for Childhood Diarrhea: Combined Results and Metaanalysis from Three Randomized, Controlled Clinical Trials, Pediatr Infect Dis J, 2003;22:229-34

25- Barnes, J, Resch, KL, Ernst, E, “Homeopathy for Post-Operative Ileus: A Meta-Analysis,” Journal of Clinical Gastroenterology, 1997, 25: 628-633

26- M, Thurneysen A. Homeopathic treatment of children with attention deficit hyperactivity disorder: a randomised, double blind, placebo controlled crossover trial. Eur J Pediatr. 2005 Dec;164(12):758-67. Epub 2005 Jul 27

27- Kassab S, Cummings M, Berkovitz S, van Haselen R, Fisher P. Homeopathic medicines for adverse effects of cancer treatments. Cochrane Database of Systematic Reviews 2009, Issue 2

28- Witt CM, Bluth M, Albrecht H, Weisshuhn TE, Baumgartner S, Willich SN. The in vitro evidence for an effect of high homeopathic potencies–a systematic review of the literature. Complement Ther Med. 2007 Jun;15(2):128-38. Epub 2007 Mar 28

29- Endler PC, Thieves K, Reich C, Matthiessen P, Bonamin L, Scherr C, Baumgartner S. Repetitions of fundamental research models for homeopathically prepared dilutions beyond 10-23: a bibliometric study. Homeopathy, 2010; 99: 25-36

Fonte: http://doutorlucashomeopatia.com.br/2017/05/17/resposta-geneticista-da-usp-homeopatia-funciona/

Posicionamento da AMHB em resposta à matéria publicada no Jornal da USP

POSICIONAMENTO DA AMHB – ASSOCIAÇÃO MÉDICA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA EM RESPOSTA À MATÉRIA COM CRÍTICAS À HOMEOPATIA
PUBLICADA NO JORNAL DA USP EM 15-05-2017

Prezado Editor do Jornal da USP,

Tomamos conhecimento a respeito da matéria veiculada no dia 15/05/2017 no Jornal da USP, publicada pelo Dr. Beny Spira, professor livre-docente pela USP, com o título “A homeopatia é uma farsa”, na qual ele alega neste texto que “A homeopatia é uma farsa criminosa”.

Considerando que a Homeopatia é especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1980 através da Resolução CFM nº 1.000/80 e que a  Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), fundada em 24 de Novembro de 1979, é uma entidade civil sem fins lucrativos, sistematizada sob a forma federativa, filiada à Associação Médica Brasileira (AMB) através do seu Conselho de Especialidades, e atualmente pela Comissão Mista de Especialidades – CME, formada pelo Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Comissão Nacional de Residência Médica. Cumpre esclarecer que, dentro de suas funções institucionais, a AMHB diuturnamente caminha na valorização do especialista em homeopatia e, acima de tudo, vislumbra cada dia mais a segurança dos pacientes que fazem uso desta terapêutica. O árduo trabalho da AMHB na manutenção e defesa da especialidade, mostra que o caminho pavimentado pela Justiça reconhece, entre outros, as agressões contra a lei do Ato Médico, exercidas na grande maioria das vezes por não médicos.

A Diretoria Nacional da AMHB, entende que juridicamente, posicionamentos e opiniões divergentes, são salutares no estado democrático de direito, porém, muitas vezes se faz necessário coibir exemplos imoderados como da matéria veiculada na data de 15/05/2017 no periódico supra citado. As normas deontológicas da legislação atual devem ater-se ao máximo de liberdade de expressão, desde que o binômio liberdade x responsabilidade seja respeitado. Logo, o artigo disponibilizado, estimula que profissionais não médicos e leigos, continuem amparados em suas atuações e manifestações muito além dos limites definidos por lei, extrapolando inclusive a capacidade técnica e de formação, isso sim gerando insegurança e risco para os pacientes.

Justamente por isso, a AMHB, vem manifestar seu total desacordo com a matéria veiculada, por desrespeitar não só as normas de imprensa, mas por agredir toda cadeia de reconhecimento da Homeopatia como Especialidade Médica, sendo que a AMHB irá prover mecanismos jurídicos visando direito de resposta ao artigo do Jornal da USP, além de notificar o Dr. Beny Spira para que preste esclarecimentos sobre as alegações totalmente infundadas.

Sem mais, aguardamos vosso retorno.
Att.

Ariovaldo Ribeiro Filho
Presidente AMHB

*Para ver a matéria, acesse

Manifestação da ABFH ao artigo publicado no Jornal da USP

ABFH – Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas
https://www.facebook.com/ABFHBrasil/

A ABFH vem a público repudiar o texto do Jornal da USP, publicado no dia 15/05/2017, do pesquisador Beny Spira, onde declara ser a Homeopatia uma “farsa criminosa e pseudociência”. O repúdio é pela maneira inadequada e não cordial de se expressar do pesquisador, com incorreções e uso de fundamentos científicos inadequados.
A homeopatia é uma especialidade farmacêutica, médica, veterinária e odontológica. Nosso país possui documentos oficiais como a Farmacopeia Homeopática Brasileira, entre outros. E está contemplada nas Políticas Públicas do Ministério da Saúde. É utilizada de maneira crescente na agricultura, e contamos pesquisadores reconhecidos internacionalmente.
Assim sendo, o texto do pesquisador ofende a diversas categorias profissionais e de pesquisadores, muitos formados por esta universidade, além de milhões de usuários no pais, entre pacientes humanos, veterinários e da agricultura. Solicitamos que o Jornal da USP abra a oportunidade de réplica, com o mesmo espaço e divulgação, para que os especialistas da área da Homeopatia se manifestem.

Jornal de USP: https://jornal.usp.br/artigos/a-homeopatia-e-uma-farsa-criminosa/

Manifestação do Dr.Carlos Bonato ao artigo publicado no Jornal da USP

Manifestação do Agrônomo Dr. Carlos Bonato a respeito do artigo publicado no jornal da USP…

Olá amigos
Gostaria apenas de tecer alguns comentários sobre a reportagem de um pseudo-sabereta (provavelmente Galenista) da área da saúde, que alcunha a homeopatia como uma farsa criminosa. Tenho trabalhado incansavelmente com homeopatia em plantas (em nível acadêmico e prático) há quase vinte anos, com muito rigor científico, sensatez, observação e resultados concretos. Nunca vi na minha vida profissional, atuando com esta maravilhosa ciência, tamanha insensatez de um profissional da área da saúde que se considera cientista. O que pensar de atitudes tão frívolas, desprovidas de veracidade, observação e racionalidade? Qual o interesse de tudo isso? Gostaria que este eminente pesquisador, me respondesse algumas perguntas, como as que seguem. Por acaso os fantásticos resultados (em delineamento em duplo-cego) obtidos em plantas também são decorrentes de efeito placebo? Como você explica resultados como; aumento de crescimento das plantas, aumento dos princípios ativos de fármacos em plantas, aumento de produtividade, aumento da atividade da biota do solo, controle de pragas e doenças em pequenas e grandes plantações? Me explique, por favor, caro eminente pesquisador, como a fotossíntese e a respiração (metabolismo energético) das plantas são profundamente modificadas na presença de medicamentos homeopáticos específicos, quando aplicados dentro dos princípios que ela nos apregoa? Seria PLACEBO?? Ah meu caro cientista, gostaria que você visitasse os inúmeros agricultores que já utilizam desta ciência libertadora e observasse em seus olhares a sua profunda satisfação e gratidão, não só pelos resultados patentes e observáveis, mas também pela autonomia e liberdade que esta ciência lhes proporcionam. Com certeza sua visão tacanha, obstruída, tendenciosa, obsoleta e preconceituosa iria mudar drasticamente. Ainda meu caro, das inúmeras consideração que poderia fazer, faço mais uma.

Você acredita que as inúmeras dissertações de especialização, mestrado e teses de doutorado (dezenas) que passaram pelo crivo de bancas qualificadas, artigos (e não são poucos) com seus respectivos revisores, são elucubrações? O que dizer desta ciência que têm mais de 200 anos, e que cresce a cada ano e que tem curado tantas pessoas nesse mundo? Todos estão sendo enganados? Peço uma gentileza, e com todo respeito a você ilustre cientista. Estude profundamente a base filosófica desta ciência enobrecedora, depois sim você terá melhores condições de abalizar acerca do que é homeopatia. Fale mais do que realmente você conhece. Mas se não quiser, pelo menos leia os inúmeros artigos científicos de resultados obtidos em plantas, que está a sua disposição via revistas fidedignas. Farsa criminosa? é o que você está fazendo querendo castrar/destruir algo indestrutível. Eis um adágio para encerrar. “O sábio não fala o que sabe, e o tolo não sabe o que diz”.

Jornal da USP:
http://jornal.usp.br/artigos/a-homeopatia-e-uma-farsa-criminosa/

Jornal da USP – Artigo detratando a homeopatia – Comentário ao Jornal da USP

Prezados Colegas e Amigos,
Qual não foi a minha surpresa quando me deparei com a matéria “A homeopatia é uma farsa criminosa”, em resposta ao excelente artigo da médica veterinária “Ensino de homeopatia veterinária é deficiente, afirma pesquisadora”, ambos no Jornal da USP.

Já tive embates no passado com este tal de Beny Spira (não é médico), num artigo que publiquei na Revista Espaço Aberto da USP:
http://espaber.uspnet.usp.br/espaber/?materia=homeopatia-no-sistema-unico-de-saude-e-suas-provas-cientificas

Independente de um direito de resposta, que vou buscar junto ao editor do Jornal da USP, me pergunto, pelo título do artigo (“farsa criminosa”), se não caberia uma medida legal contra este indivíduo?

Abraços indignados.

Marcus Zulian Teixeira
www.homeozulian.med.br


Prezados Colegas,
A AMHB está acionando o advogado para ver se cabe uma representação legal e eu acionei a Assessoria de Imprensa da FMUSP solicitando um direito de resposta.
Seria de fundamental importância que todos os colegas mandassem um e-mail ao Jornal da USP comentando a reportagem:
http://jornal.usp.br/fale-conosco/

A união faz a força!!!!
Abraços,

Marcus Zulian Teixeira
www.homeozulian.med.br


Artigo – Tratamento homeopático da endometriose com estrogênio dinamizado: ensaio randomizado, duplo-cego e placebo-controlado – European Journal of Obstetrics & Gynecology (EJOG)

Prezados Colegas Homeopatas e Amigos,

Acaba de ser publicado no periódico European Journal of Obstetrics and Gynecology and Reproductive Biology o artigo intitulado Potentized estrogen in homeopathic treatment of endometriosis-associated pelvic pain: a 24-week, randomized, double-blind, placebo-controlled study (disponibilizado no link abaixo até 29/03/17):

https://authors.elsevier.com/a/1UWbI_6sKWZ96C

Trabalho de conclusão do meu pós-doutorado que, associado ao artigo publicado em 2016 no periódico Homeopathy (Protocol of randomized controlled trial of potentized estrogen in homeopathic treatment of chronic pelvic pain associated with endometriosis) com a descrição detalhada do método empregado, traz as primeiras evidências científicas sobre a validade da proposta que vimos sugerindo desde 2003, propondo o emprego dos fármacos modernos segundo o princípio de cura homeopático. Além disso, divulga os resultados positivos da terapêutica homeopática numa doença grave, com pacientes não-responsivas ao tratamento convencional e num periódico de impacto internacional.

Juntamente com dezenas de estudos relacionados ao projeto de pesquisa que vimos desenvolvendo desde 1997 (Fundamentação científica do princípio da similitude na farmacologia moderna: estudo sistemático do efeito rebote dos fármacos modernos), este projeto de pesquisa complementar (Novos Medicamentos Homeopáticos: uso dos fármacos modernos segundo o princípio de cura homeopático) esclarece a episteme homeopática perante os fundamentos da fisiologia e da farmacologia moderna, ampliando o entendimento do mecanismo de cura homeopático e permitindo o diálogo entre racionalidades distintas.

Aumentando o arsenal homeopático com centenas de novas substâncias medicinais e ampliando a abrangência da terapêutica homeopática para sinais, sintomas, doenças e síndromes ausentes nos compêndios homeopáticos tradicionais, esta proposta pode ser empregada de forma adjuvante nos mais variados distúrbios existentes, assim como fizemos no caso da “endometriose”, seguindo o protocolo acima descrito.

Disponibilizando este conhecimento num site bilíngüe e de livre acesso, esperamos poder contribuir com o desenvolvimento do modelo homeopático e com a ampliação da arte de curar.

Saudações homeopáticas!

Marcus Zulian Teixeira
www.homeozulian.med.br
www.novosmedicamentoshomeopaticos.com