Publicações do Departamento Científico de Homeopatia da Associação Paulista de Medicina (APM) – 2019

Associação Paulista de Medicina (APM) é a federada da Associação Médica Brasileira (AMB) que representa a classe médica no Estado de São Paulo (capital e interior), com mais de 72 mil associados. Possui 14 Distritais compostas por 75 Regionais ativas, além de cerca de 50 Departamentos e Comitês Científicos, pautados por regulamento específico.

Os Departamentos Científicos «são aqueles que tratam de matérias médicas reconhecidas pela Comissão Mista de Especialidades (CME), composta pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), e que exigem métodos, diagnósticos e terapêuticas próprias». Dentre esses, figura o Departamento Científico de Homeopatia, conveniado à Associação Paulista de Homeopatia (APH).

Na última reunião de do Conselho Científico da APM (junho/2019), que contou com a participação do presidente da instituição (Dr. José Luiz Gomes do Amaral), do coordenador dos departamentos científicos (Dr. Álvaro Nagib Atallah) e dos presidentes das diversas especialidades médicas, foi solicitado que cada especialidade redigisse dois artigos de esclarecimento: (a) um para o público leigo, abordando os aspectos básicos, que seria disponibilizado no Portal da APM; (b) um segundo para a classe médica («o que todo médico deveria saber sobre cada especialidade»), abordando os aspectos científicos e as evidências que os suportam, que seria publicado na Revista Diagnóstico & Tratamento (RDT), que tem por objetivo oferecer atualização médica baseada nas melhores evidências científicas disponíveis.

No início de outubro/2019, foi publicado no Portal da APM, seção ‘Notícias’, o artigo  intitulado  «Esclarecendo a Homeopatia«, no qual abordamos os aspectos básicos da especialidade, com o intuito de esclarecer a população sobre o princípio de cura homeopático, a importância da prescrição do medicamento individualizado, a dinâmica da consulta com as diversas modalizações sintomáticas, dentre outros, além de indicarmos o dossiê  «Evidências Científicas em Homeopatia«, elaborado pela Câmara Técnica de Homeopatia do Cremesp em 2017, como fonte de referência científica aos leitores.

Contemplando o esclarecimento à classe médica, que desconhece, ignora ou nega os fundamentos científicos da homeopatia, acaba de ser publicado na última edição de 2019 da RDT (vol. 24, n.4) o artigo intitulado «Homeopatia: o que os médicos precisam saber sobre esta especialidade médica«. Essa revisão narrativa da literatura foi desenvolvida com o intuito de correlacionar os pressupostos homeopáticos às evidências científicas que os fundamentam, através de buscas eletrônicas nas bases de dados MEDLINE e LILACS por meio de termos que descrevem suas linhas de pesquisa.

Na discussão final do artigo, também foi abordado o dossiê «Evidências Científicas em Homeopatia«, elaborado pela Câmara Técnica de Homeopatia do Cremesp em 2017, que discorre sobre as diversas linhas de pesquisas existentes no campo da ciência homeopática em outras nove revisões: histórica e social, educação médica, farmacológica, básica (in vitro, plantas e animais), clínica, segurança terapêutica e experimentação patogenética.

Com essa revisão narrativa publicada na RDT, fica demonstrada a falácia da afirmação de que «não existem evidências científicas em homeopatia», reiteradamente divulgada pelas mídias e redes sociais.

Nós agradecemos aos Diretores Científicos da APM e Editores da RDT, os eminentes médicos e cientistas Prof. Dr. Álvaro Nagib Atallah e Prof. Dr. Paulo Andrade Lotufo, pela oportunidade de esclarecer a população e a classe médica sobre a racionalidade científica do modelo homeopático e sua abordagem terapêutica, com o intuito de desmistificar falsas notícias, dogmas e preconceitos disseminados por pseudocéticos e pseudocientistas, imbuídos por interesses escusos e contrários ao ideal médico hipocrático, criando obstáculos e dificuldades para que a população tenha conhecimento e acesso a essa alternativa terapêutica bissecular, impedindo que doentes possam receber um alívio adicional para os seus transtornos físicos e mentais.

Atenciosamente,

Prof. Dr. Marcus Zulian Teixeira