Prezados Homeopatas e Amigos,
Complementando o projeto de pesquisa descrito anteriormente (abaixo), acaba de ser disponibilizado no periódico Homeopathy (eFirst/open access) o artigo intitulado “Correlation between vitalism and genetics according to the paradigm of complexity”:
https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/html/10.1055/s-0039-1692162
Na filosofia homeopática, a força (princípio) vital é um substrato não material (unido substancialmente ao corpo físico), que é responsável pela manutenção das sensações e funções do organismo, e no qual atuam os medicamentos homeopáticos. Em genética, as funções vitais do organismo são controladas por informações bioquímicas contidas no genoma celular, composto por uma porção codificadora de proteínas (exoma) e por outra que regula esse esquema de codificação (epigenoma). Tanto a força vital orgânica (unidade substancial entre a força vital e o corpo físico) quanto o genoma (exoma plus epigenoma) apresentam propriedades dos sistemas complexos e dinâmicos de auto-organização.
Esse estudo teve como objetivo explorar e desenvolver uma correlação epistemológica entre o vitalismo e a genética em conformidade com o paradigma da complexidade: transcendendo a polarização entre holismo e reducionismo, a ciência da complexidade permite estabelecer uma correlação funcional (modus operandi) entre o vitalismo e a genética, evidenciando que ambos os modelos são compostos por um sistema de rede com nodos e conexões, permitindo que as distintas partes se correlacionem entre si, valorizando, ao mesmo tempo, o todo e as unidades.
Apresentando características e propriedades gerais semelhantes, princípio vital e genoma (exoma plus epigenoma) representam o substrato responsável pelo surgimento e manutenção da vida, pelo equilíbrio das sensações e funções do organismo e pela suscetibilidade ao adoecer, sendo influenciados por agentes patogênicos internos e externos. Segundo as propriedades dos sistemas complexos, ambos os modelos apresentam não linearidade, auto-organização e dinamismo. Encerrando a disputa entre o vitalismo e o materialismo, o fenômeno emergente de transmissão da informação denominado ‘vórtice’ evidencia que ambas as concepções estão corretas, segundo o referencial de análise: a vida e a saúde dependem de uma força vital que corresponde à força de sucção existente no centro do vórtice, que se origina do interior do sistema (‘unidade substancial físico-vital’ ou ‘genoma’) e não de qualquer força externa.
Endossando essa correlação, a pesquisa básica em homeopatia, através de estudos experimentais, vem demonstrando que os medicamentos homeopáticos restabelecem a saúde porque atuam no genoma celular, modulando a expressão gênica. Conforme a concepção vitalista homeopática, medicamentos homeopáticos restabelecem a saúde do organismo porque modulam a distonia do princípio vital (prima causa morbi). Demonstrando que os medicamentos homeopáticos restabelecem a saúde do organismo porque modulam a distonia da expressão gênica (causa primária das doenças), esses estudos experimentais homeopáticos também endossam a correlação filosófico-científica entre o genoma celular e a força vital orgânica.
Valorizando os diversos aspectos abordados e seus respectivos campos de saber, desde a antropologia até a bilogia molecular, estamos sugerindo nesse estudo que a força vital orgânica encontra sua representação biológica no genoma celular (exoma plus epigenoma), enquanto propusemos em estudo anterior (abaixo) que os miasmas crônicos homeopáticos encontram sua representação biológica nas marcações epigenéticas promotoras de doenças. Segundo essas abordagens, as causas das doenças, fruto do desequilíbrio do princípio vital e da manifestação dos miasmas crônicos segundo o modelo homeopático, estariam localizadas no genoma e no epigenoma, respectivamente.
Em conformidade com essas hipóteses, o emprego isopático do autoisoterápico (autosarcódio) de DNA poderia agir terapeuticamente sobre o desequilíbrio do princípio vital ou do genoma (exoma plus epigenoma), assim como sobre os miasmas crônicos ou as modificações epigenéticas promotoras de doenças, atuando na modulação da expressão gênica.
Abraços,
Marcus Zulian Teixeira
www.homeozulian.med.br
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From: mzulian@usp.br
Sent: Saturday, February 23, 2019 2:29 PM
Subject: Uso isopático do autosarcódio de DNA como medicamento homeopático antimiasmático e modulador da expressão gênica? – Homeopathy – 2019
Prezados Homeopatas e Amigos,
Acaba de ser disponibilizado no periódico Homeopathy (eFirst/open access) o artigo intitulado “Isopathic use of auto-sarcode of DNA as anti-miasmatic homeopathic medicine and modulator of gene expression?”:
https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/html/10.1055/s-0038-1676810
Nesse projeto embrionário e inédito, além de traçarmos a correlação epistemológica entre a “teoria homeopática das doenças crônicas” e a “epigenética”, descrevemos as principais evidências científicas que sustentam a hipótese de que o medicamento homeopático possa atuar no genoma (epigenoma), modulando a expressão dos genes promotores de doenças.
Como proposta clínica e experimental, estamos sugerindo o uso do autosarcódio (autoisoterápico) de DNA como medicamento homeopático antimiasmático e modulador da expressão gênica, que poderá ser empregado na prevenção e no tratamento de doenças crônicas em geral. Para esse fim, descrevemos um protocolo para a preparação deste medicamento individualizado, desde a ‘extração do DNA’ após a ‘coleta de sangue periférico’ até os passos a serem desenvolvidos no ‘método farmacotécnico de preparação do medicamento dinamizado’ (valorizando características intrínsecas ao DNA coletado).
Por ser uma proposta teórica, sem a devida fundamentação científica que permita o seu uso imediato e irrestrito em seres humanos, estamos conclamando os diversos pesquisadores homeopatas a nos auxiliarem na validação (ou não!) da respectiva abordagem, desenvolvendo pesquisas básicas e clínicas na área, adaptando os seus modelos de pesquisas tradicionais à essa nova dinâmica terapêutica. Caso a proposta seja confirmada experimentalmente, respondendo os inúmeros questionamentos levantados no projeto, poderemos empregá-la, no futuro, como tratamento homeopático adjuvante e complementar aos tratamentos homeopáticos clássicos.
Conto com a colaboração de todos e me coloco à disposição para compartilhar o conhecimento adquirido até o momento em algumas pesquisas iniciais, a fim de que possamos desenvolver, em conjunto, projetos de pesquisa na área.
Abraços,
Marcus Zulian Teixeira
www.homeozulian.med.br