Em treze capítulos interativos, a obra atualiza e amplia as linhas de pesquisas descritas no Dossiê Especial: “Evidências Científicas em Homeopatia” (Dossiê Cremesp, 2017)(2), abordando desde a “epidemiologia clínica homeopática” até as “estratégias pseudocéticas e pseudocientíficas usadas em ataques à homeopatia”, incluindo “fundamentação farmacológica do princípio da similitude”, “estudos experimentais em modelos biológicos”, “ensaios clínicos controlados randomizados”, “revisões sistemáticas, metanálises e relatórios globais” e “estudos observacionais”, dentre outros.
Empregando o método científico no levantamento e na análise dos dados, o autor apresenta centenas de estudos experimentais e clínicos que fundamentam os princípios, a eficácia, a efetividade, a eficiência e a segurança do tratamento homeopático, demonstrando que “existem evidências científicas em homeopatia” e que “homeopatia não é efeito placebo”, desmistificando falácias pseudocéticas disseminadas por pseudocientistas(3)
3. Teixeira MZ. Pseudoskeptical and pseudoscientific strategies used in attacks on homeopathy. Rev Assoc Med Bras. 2021; 67(6): 777-780. https://doi.org/10.1590/1806-9282.20210367
Marcus Zulian Teixeira. Médico Homeopata. Doutor em Ciências Médicas e Pós-doutorando da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). https://orcid.org/0000-0002-3338- 8588
A Associação Médica Homeopática Brasileira comunica oficialmente as inscrições das seguintes chapas:
“Homeopatia não é Efeito placebo” como demonstra o “Dossiê: Evidências Científicas em Homeopatia” elaborado pelo CREMESP e disponibilizado em edições trilingues de livre acesso. Marcus Zulian Teixeira*
Ao discorrermos sobre a homeopatia, em diversas situações, frequentemente, notamos que as pessoas reagem com manifestações de desconfiança, questionando sua comprovação científica e a validade terapêutica do método.
Proclamadas em todos os meios, de forma indistinta e reiterada, as falácias ou notícias falsas (fake news) de que “a homeopatia é efeito placebo” ou de que “não existem evidências científicas em homeopatia” acaba se incorporando ao inconsciente da coletividade, servindo como estratégias pseudocéticas para aumentar preconceitos e radicalizar posicionamentos contrários a essa prática médica bissecular. Fruto da desinformação ou negação dos estudos científicos que fundamentam o modelo homeopático em vários campos da pesquisa científica moderna, esses preconceitos se retroalimentam, periodicamente, com matérias e artigos depreciativos e contrários à homeopatia publicados nas mídias de massa (jornais, sites e revistas não científicas) e redes sociais, as quais, raramente, divulgam os trabalhos científicos com resultados favoráveis à homeopatia.
Expandindo sua divulgação para o público de língua espanhola, este dossiê acaba de ser publicado na revista científica La Homeopatía de México em uma edição especial comemorativa do 90º aniversário da mesma [5].
Além de trazer o panorama mundial da homeopatia como especialidade médica e de sua inclusão nos currículos das faculdades de medicina, o referido Dossiê abarca outras revisões narrativas sobre as linhas de pesquisa que fundamentam os pressupostos científicos homeopáticos, a saber: princípio da similitude terapêutica, experimentação patogenética homeopática, emprego de medicamentos dinamizados (ultradiluições) e individualizados segundo a totalidade sintomática característica do binômio doentedoença.
Analogamente, a eficácia e a segurança do tratamento homeopático estão evidenciadas na descrição de ensaios clínicos randomizados e placebos-controlados, assim como em revisões sistemáticas e metanálises. Abrindo o Dossiê, a revisão “Homeopatia: um breve panorama desta especialidade médica” aborda os aspectos históricos, sociais e políticos da institucionalização da homeopatia no Brasil e sua incorporação aos sistemas de atenção à saúde, descrevendo fatores que levam a população a buscar essa forma de tratamento. Na revisão sobre o “Panorama mundial da educação médica em terapêuticas não convencionais (homeopatia e acupuntura)”, destaca-se a importância dedicada à incorporação do ensino da homeopatia e da acupuntura aos currículos das faculdades de medicina de inúmeros países, em vista do interesse crescente da população em sua utilização e, consequentemente, da classe médica em seu aprendizado, com propostas direcionadas a estudantes, residentes, pós-graduandos e médicos. Embasando cientificamente o princípio da similitude terapêutica no estudo sistemático do efeito rebote dos fármacos modernos, a revisão “Fundamentação científica do princípio de cura homeopático na farmacologia moderna” engloba centenas de estudos clínicos (metanálises, revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados placeboscontrolados, estudos de coorte e de caso-controle, dentre outros) publicados em periódicos científicos de impacto e que atestam a similaridade de conceitos e manifestações entre o fenômeno rebote e a reação vital ou ação secundária do organismo despertada pelo tratamento homeopático.
Ampliando essa fonte de evidências, descreve o uso dos fármacos modernos segundo o princípio da similitude terapêutica, empregando o efeito rebote (reação paradoxal do organismo) de forma curativa. Justificando a plausibilidade do emprego de medicamentos dinamizados (ultradiluídos) pela homeopatia, o Dossiê reúne três revisões que demonstram o progresso da pesquisa básica em homeopatia nas últimas décadas, descrevendo centenas de experimentos controlados e dezenas de linhas de pesquisa que atestam o efeito das ultradiluições em modelos físico-químicos e biológicos (in vitro, plantas e animais): “A solidez da pesquisa básica em homeopatia”, “Efeito de ultradiluições homeopáticas em modelos in vitro: revisão da literatura” e “Efeito de ultradiluições homeopáticas em plantas: revisão da literatura”. Comprovando que os efeitos positivos do tratamento homeopático não são, exclusivamente, efeitos placebo como se repete indiscriminadamente, a revisão “Pesquisa clínica em homeopatia: revisões sistemáticas e ensaios clínicos randomizados controlados” relata os resultados positivos observados em dezenas de ensaios clínicos homeopáticos placebos-controlados para condições clínicas diversas, assim como em revisões sistemáticas e metanálises.
Apesar das dificuldades e limitações existentes para o desenvolvimento de pesquisas na área, tanto pelos aspectos metodológicos quanto pela ausência de apoio institucional e financeiro, as centenas de estudos experimentais e clínicos citados no referido Dossiê, os quais fundamentam os pressupostos científicos homeopáticos e confirmam a eficácia e a segurança da terapêutica, é prova inconteste de que “a homeopatia não é efeito placebo” e de que “existem evidências científicas em homeopatia”, ao contrário do preconceito falsamente disseminado por pseudocéticos e pseudocientistas [6,7].
Com a divulgação do presente Dossiê, esperamos dissipar dúvidas e sensibilizar nossos colegas médicos quanto à validade e relevância da homeopatia como tratamento adjuvante complementar a todas as outras especialidades médicas segundo princípios éticos e seguros.
Em conformidade com esta abordagem integrativa, a prática homeopática permite alargar a compreensão do adoecer humano, aumentar os recursos terapêuticos, contribuir para a eficácia da medicina no tratamento das doenças crônicas, minimizar os efeitos adversos dos medicamentos modernos e fortalecer a humanização da relação médicopaciente, entre outros aspectos. No entanto, novos estudos devem continuar a ser desenvolvidos, para aprimorar a prática clínica e elucidar aspectos singulares ao paradigma homeopático.
Referências:
[1] Teixeira MZ. Special Dossier: “Scientific Evidence for Homeopathy”. Rev Assoc Med Bras (1992). 2018; 64(2): 93-94. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1806- 9282.64.02.93. [2] Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Dossiê Especial: Evidências Científicas em Homeopatia. Rev Homeopatia (São Paulo. Online). 2017; 80(1/2). Disponível em: http://revista.aph.org.br/index.php/aph/issue/view/41/showToc. [3] Technical Chamber for Homeopathy, Regional Medical Council of the State of São Paulo (CREMESP). Special Dossier: Scientific Evidence for Homeopathy. Rev Homeopatia (São Paulo. Online). 2017; 80(3/4). Disponível em: http://revista.aph.org.br/index.php/aph/issue/view/42/showToc. [4] Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Dossiê Especial: Evidências Científicas em Homeopatia. Rev Homeopatia (São Paulo. Impressa). 2017; 80(Supl 1/2). Disponível em: http://www.bvshomeopatia.org.br/revista/RevistaHomeopatiaAPHano2017VOL80Supl1- 2.pdf. [5] Cámara Técnica de Homeopatía del Consejo Médico Regional del Estado de São Paulo (CREMESP, Brasil). Evidencias Científicas de la Homeopatía. Homeopatia Méx 2023; 187(esp). Disponível em: http://homeopatiamex.similia.com.mx/index.php/Revista/issue/view/90-aniversario-2023. [6] Teixeira MZ. Falácias pseudocéticas e pseudocientíficas do “Contradossiê das Evidências sobre a Homeopatia”. São Paulo: Associação Paulista de Homeopatia (APH); 2020
43 p. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio1145551?lang=en. [7] Teixeira MZ. Pseudoskeptical and pseudoscientific strategies used in attacks on homeopathy. Rev Assoc Med Bras (1992). 2021; 67(6): 777-780. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1806-9282.20210367.
*Marcus Zulian Teixeira Médico Homeopata. Doutor em Ciências Médicas e Pós-doutorando da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ex-integrante da Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP, 2017- 2018). https://orcid.org/0000-0002-3338-8588. marcus@homeozulian.med.br
Prezados colegas Homeopatas, Estamos todos acompanhando as publicações que atacam a Homeopatia, fruto da desinformação ou negação dos estudos científicos que fundamentam o modelo homeopático em vários campos da pesquisa científica moderna. Estes preconceitos se retroalimentam, periodicamente, com matérias e artigos depreciativos e contrários à Homeopatia publicados nas mídias de massa (jornais, sites e revistas não científicos) e redes sociais, os quais, raramente, divulgam os trabalhos científicos com resultados favoráveis à Homeopatia.
É muito importante informar, visando tranquilizar a todos, que a criação da especialidade homeopática segue um rigoroso formato exigido pela Comissão Mista de Especialidades. A Comissão Mista de Especialidades é acomodada no Decreto Federal nº 8.516/15, que constituiu como seus membros o Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e suas sociedades de especialidades e a Comissão Nacional de Residência Médica (MEC). A especialidade médica homeopática é reconhecida pelo Conselho Científico da AMB e é um dos pilares da Comissão Mista de Especialidades, assim como todas as demais sociedades de especialidades e áreas de atuação reconhecidos pelas resoluções do CFM. Portanto, toda liturgia institucional exigida pela Comissão Mista de Especialidades garante e assegura que a Associação Médica Homeopática Brasileira é a única e indivisível representante da especialidade médica homeopática no país. Este é um momento em que a união e a tranquilidade se fazem necessárias para podermos, de forma equilibrada, fazer frente a esses ataques que a nossa especialidade tem sofrido. Informamos também que medidas legais e de resposta adequadas estão sendo tomadas.
Agradecemos sempre o grande apoio de todos os pacientes, profissionais homeopatas médicos, farmacêuticos, médicos veterinários, cirurgiões dentistas, diretorias das federadas da AMHB, docentes e alunos das entidades de ensino da Homeopatia, membros das Câmaras Técnicas de Homeopatia dos Conselhos Regionais de Medicina e todos aqueles que compartilham da veracidade que representa o método homeopático e os benefícios advindos desta terapêutica.
Atenciosamente, Luiz Darcy Gonçalves Siqueira Presidente
É com profunda indignação que nos dirigimos à classe médica, aos especialistas em Homeopatia e das demais especialidades médicas e ao público em geral, sobre as improcedentes alegações feitas, em veículo privado de comunicação de massa, pela Sra. Natália Pasternak, integrante de conselho consultivo de companhia farmacêutica que também atua como colunista de ciência. Acreditamos firmemente na importância do debate construtivo, ético e sem ocultação de conflito de interesses, fundamentado em provas científicas. Valorizamos a crítica aberta e respeitosa dos que podem contribuir para o avanço do conhecimento científico e melhoria da saúde da nossa população. Repudiamos, porém, intervenções desprovidas de base técnica, sem o necessário conhecimento de causa, especialmente numa profissão tão complexa como a Medicina. A real ciência médica repele a desinformação, travestida de verdade por pseudossábios que pronunciam tolices e opiniões preconceituosas, sem nunca ter atendido um paciente ou produzido estudos de impacto médico e social. As evidências científicas sobre homeopatia e efeitos de altas diluições homeopáticas, inclusive em plantas, se acumulam e estão disponíveis para os que entendem de ciência. A sociedade brasileira, há quase duzentos anos, é testemunha do sucesso do tratamento homeopático, em diversos problemas de saúde, e sabe discernir o que é sério e útil em medicina de meras bobagens, sem lastro na experimentação e na vivência profissional.
Com o tema principal “Homeopatia: Novos Tempos”, serão desenvolvidos relevantes assuntos da práxis homeopática: Filosofia, Ensino e Pesquisa, Terapêutica, Saúde Pública e Contribuições da Atualidade à Homeopatia.
Dentro da temática específica do Congresso, Dr. Marcus Zulian Teixeira ministrará duas palestras sobre uma nova linha de pesquisa que vem desenvolvendo há 5 anos denominada “Homeopatia Genômica“.
Nessa linha de pesquisa inédita, peculiar e promissora, o pesquisador propõe a releitura do vitalismo, da teoria miasmática e da terapêutica homeopática à luz da Genética Moderna, vislumbrando “novos tempos” para a arte de curar homeopática.
No vídeo abaixo, o palestrante convida a todos para participarem do Evento: